Trump Alimenta Tensão com Venezuela ao Não Descartar Ações Militares

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacendeu a tensão diplomática com a Venezuela ao se recusar a descartar a possibilidade de ações militares contra o país. Questionado sobre o tema, Trump respondeu com um enigmático “Vamos ver o que acontece”, elevando a incerteza sobre a postura americana em relação ao regime de Nicolás Maduro.

Trump justificou a postura mais incisiva alegando que a Venezuela estaria enviando criminosos e drogas para os Estados Unidos, o que classificou como “inaceitável”. A declaração surge em um contexto de já existente patrulhamento naval dos EUA no Caribe, próximo à costa venezuelana, sob o pretexto de combater o narcotráfico.

Ao ser perguntado diretamente sobre a possibilidade de se “livrar” de Nicolás Maduro, Trump manteve a ambiguidade, afirmando que não se tratava de uma questão de “opção” ou “não opção”. Ele ainda questionou a legitimidade das eleições venezuelanas, comparando-as, em tom de crítica, com as eleições americanas de 2020, nas quais ele foi derrotado por Joe Biden.

Contraditoriamente, em setembro, Trump havia negado publicamente ter planos para derrubar o governo Maduro, mesmo classificando a eleição que o reelegeu como “muito estranha”. Na ocasião, ele alegou que o foco era o combate ao fluxo de drogas da Venezuela para os EUA. A postura oscilante de Trump contribui para a instabilidade na região.

Apesar da retórica de combate ao narcotráfico, o governo Maduro acusa os EUA de buscarem uma intervenção para roubar as reservas de petróleo venezuelano. A crescente presença militar americana na região, somada às declarações ambíguas de Trump, alimentam a escalada de tensões e a incerteza sobre o futuro das relações entre os dois países.

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