Um caso revoltante chocou moradores de Nilópolis, no Rio de Janeiro, no último sábado (13). Johana Pontes perdeu seu bebê após, segundo relatos, ter o atendimento negado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. A denúncia, feita pelo pai da criança, Jhonny, gerou grande repercussão nas redes sociais e levanta sérias questões sobre a qualidade do serviço de saúde na região.
Em entrevista exclusiva, Johana compartilhou o drama vivido desde o início das fortes dores. “Senti uma dor como se fosse parir, contrações que iam e vinham. No começo parecia cólica, mas foi aumentando até ficar insuportável, como se eu tivesse com nove de dilatação”, relatou a mãe, descrevendo o momento em que o casal decidiu buscar ajuda na UPA.
A família, diante da urgência, optou por se deslocar de moto até a unidade. “A gente foi de moto já pensando em pedir uma ambulância lá. Eu estava desmaiando de dor, e nosso medo era eu cair no meio do caminho. Escolhemos ir porque era o local mais perto”, explicou Johana, evidenciando o desespero diante da falta de alternativas.
Ao chegarem à UPA, o atendimento, segundo Jhonny, não foi imediato, mesmo com a evidente gravidade da situação. “Desde o começo foi lento. Moradores pediam para me atenderem logo, mas não levaram direto para a emergência. Eu implorei ajuda, e a médica disse que não ia atender porque eu estava nervoso. Qualquer um estaria nervoso, era a vida do nosso filho”, desabafou o pai, revoltado com a demora e a justificativa apresentada.
Jhonny relata que a situação se agravou ainda mais quando a medicação para aliviar a dor da esposa foi negada. “Pedi um remédio para aliviar a dor, mas a médica respondeu que não prescreveria nada enquanto eu estivesse nervoso. Minha esposa já estava caindo da cadeira, agonizando, e mesmo assim não ajudaram”, lamentou o pai. Indignado com o descaso, Jhonny decidiu filmar a cena, o que resultou, segundo ele, na médica batendo a porta em sua cara. A tensão do momento foi registrada em vídeos.