O ex-presidente Donald Trump elevou a tensão com a prefeita de Washington D.C., Muriel Bowser, ao declarar que poderá decretar estado de emergência nacional e federalizar a capital americana. A ameaça surge após a prefeita afirmar que a polícia local não cooperará com o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) no fornecimento de informações sobre imigrantes.
A discordância gira em torno do compartilhamento de dados de indivíduos que vivem ou entram no país sem autorização. A medida de Trump foi classificada por críticos como uma atitude federal exagerada, somando-se aos mais de dois mil soldados que já patrulham a cidade. A prefeitura de Bowser ainda não se manifestou sobre as declarações do ex-presidente.
Trump utilizou sua plataforma Truth Social para criticar o que chamou de pressão dos “democratas da esquerda radical” sobre a prefeita. Ele afirmou que, caso a polícia interrompa a colaboração com o ICE, “o crime voltará com tudo”. O ex-presidente assegurou aos cidadãos e empresas de Washington D.C. que não permitirá que isso aconteça, reafirmando sua disposição de federalizar a cidade se necessário.
“Aos cidadãos e empresas de Washington, D.C., NÃO SE PREOCUPE, ESTOU COM VOCÊS E NÃO PERMITIREI QUE ISSO ACONTEÇA. Declararei um Estado de Emergência Nacional e federalizarei, se necessário!!!”, escreveu Trump em sua rede social. A ameaça ocorre em um contexto de debates sobre a atuação federal na segurança pública da capital, intensificados após protestos contra o envio de tropas da Guarda Nacional em agosto.
Anteriormente, Trump já havia colocado o departamento de polícia metropolitana sob controle federal direto, além de enviar agentes federais, incluindo membros do ICE, para policiar as ruas. A Guarda Nacional, que normalmente responde aos governadores dos estados, em Washington D.C. se reporta diretamente ao presidente, ampliando seu controle sobre a segurança da cidade.