Bolsa Brasileira em Ascensão: Ibovespa Alcança Novos Recordes e Dólar Atinge Mínima em 15 Meses

O mercado financeiro brasileiro registrou um dia de otimismo nesta segunda-feira, com a Bolsa de Valores (B3) e o câmbio apresentando desempenhos notáveis. O Ibovespa, principal índice acionário do país, superou suas próprias marcas históricas, tanto no pico intradiário quanto no fechamento. Paralelamente, o dólar americano sofreu uma desvalorização de 0,69% frente ao real, atingindo a cotação de R$ 5,31. Este é o menor valor da moeda estadunidense desde junho de 2024, representando uma mínima de 15 meses.

No decorrer do dia, o Ibovespa estabeleceu um novo recorde às 14h47, alcançando 144.193 pontos, o maior patamar já registrado durante uma sessão. Esse valor superou o recorde anterior de 144.012 pontos, alcançado na quinta-feira anterior. O índice fechou o dia com alta de 0,90%, totalizando 143.546 pontos, outro marco histórico, acima dos 143.150 pontos da mesma quinta-feira.

A valorização do Ibovespa e a desvalorização do dólar estão interligadas às expectativas de corte nas taxas de juros nos Estados Unidos. A decisão é aguardada para a tarde de quarta-feira, após reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.

No mesmo dia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) também anunciará a taxa básica de juros do país, a Selic, atualmente em 15% ao ano, o maior nível desde 2006. No entanto, a expectativa é que a Selic seja mantida nesse patamar.

Analistas apontam que o foco do mercado se deslocou da mera expectativa de redução dos juros nos EUA para a discussão sobre a magnitude e frequência desses cortes. A ferramenta FedWatch do CME Group estima em 96,4% a probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros americanos na quarta-feira, enquanto as chances de uma redução de 0,50 ponto percentual são avaliadas em 3,6%.

A previsão de queda dos juros nos EUA pode ampliar o diferencial de juros entre o Brasil e os EUA, atraindo investidores estrangeiros em busca de maiores rendimentos, o que fortalece o real frente ao dólar.

As bolsas de valores nos Estados Unidos também apresentaram alta no início da semana.

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