O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter Roberto Jefferson em regime de prisão domiciliar. A decisão leva em conta relatórios médicos que apontam para um quadro de saúde delicado do ex-deputado, que permanece monitorado por tornozeleira eletrônica. Jefferson poderá continuar recebendo tratamento médico em sua residência, incluindo a visita de profissionais de saúde e, curiosamente, de um barbeiro a cada quinze dias.
Roberto Jefferson cumpre prisão domiciliar desde maio, período em que seu estado de saúde tem demandado cuidados constantes. Laudos médicos apresentados ao STF detalham episódios de convulsões, quedas, infecções urinárias recorrentes e sinais de desnutrição. Além disso, há a necessidade de acompanhamento psiquiátrico contínuo, conforme indicado pelos especialistas.
A defesa de Jefferson argumentou que o retorno ao sistema prisional representaria um risco à integridade física e mental do ex-parlamentar. Diante desse cenário, Moraes considerou os laudos médicos e optou por manter o benefício da prisão domiciliar. “A prioridade é garantir o tratamento adequado para preservar a saúde do réu”, afirmou uma fonte próxima ao caso.
A decisão de Moraes garante que Jefferson continue recebendo acompanhamento médico abrangente, incluindo fisioterapia, nutrição e assistência psiquiátrica. Todos os atendimentos deverão ser previamente comunicados ao STF. A autorização para receber um barbeiro quinzenalmente visa assegurar a higiene pessoal do ex-deputado durante o período em que cumpre a pena.
Roberto Jefferson foi condenado pelo STF a nove anos de prisão por crimes como calúnia, homofobia, incitação ao crime e tentativa de impedir o funcionamento dos Poderes. Mesmo em prisão domiciliar, ele permanece sob monitoramento eletrônico e deve cumprir rigorosamente as condições impostas pelo Supremo. O descumprimento dessas condições pode levar à revogação do benefício e ao retorno ao regime prisional.