Mercado de Trabalho: Demissões Pontuais em Alojamento e Serviços Domésticos Contrastam com Criação de Vagas na Indústria e Setor Público

Apesar de um cenário geral positivo no mercado de trabalho, dois setores da economia brasileira registraram um recuo no número de trabalhadores no trimestre encerrado em julho, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE nesta terça-feira.

Os setores de alojamento e alimentação, com uma redução de 95 mil postos, e serviços domésticos, com 55 mil demissões, foram os únicos a apresentar um saldo negativo na comparação com o trimestre anterior. Em contrapartida, a construção civil manteve-se estável, sem variações significativas no número de empregados.

Em contrapartida, a maioria dos setores apresentou um desempenho robusto na geração de empregos. Destaque para a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que juntos criaram expressivos 522 mil postos de trabalho. A indústria também se destacou, com a abertura de 67 mil vagas, seguida por transporte (60 mil) e outros serviços (102 mil).

Outros setores que contribuíram para o saldo positivo no mercado de trabalho foram a agricultura, com 206 mil novas vagas, o comércio, com 88 mil, e o segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas, que gerou 260 mil postos. Esse desempenho demonstra uma recuperação diversificada da economia, impulsionada por diferentes áreas de atuação.

Quando comparado com o mesmo período do ano anterior, o cenário é ainda mais animador. Houve um aumento significativo nas contratações em diversos setores, com destaque para comércio (398 mil), indústria (580 mil) e administração pública (677 mil). No entanto, agricultura, alojamento e serviços domésticos ainda apresentaram saldos negativos, com o fechamento de 111 mil, 64 mil e 137 mil vagas, respectivamente.

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