Em um gesto de preocupação crescente com a segurança de ativistas e a entrega de auxílio essencial, o Brasil juntou-se a outros 15 países para emitir uma declaração conjunta em apoio à Flotilha Global Sumud. A frota, composta por embarcações de diversas nacionalidades, tem como objetivo romper o bloqueio israelense e estabelecer um corredor humanitário para a Faixa de Gaza, região que enfrenta uma crise humanitária severa. A iniciativa, no entanto, tem sido alvo de ataques, levantando questionamentos sobre a segurança dos participantes.
Além do Brasil, a declaração conta com o apoio dos ministérios das Relações Exteriores de países como África do Sul, Turquia, Colômbia e Espanha, entre outros. Todos compartilham a preocupação com o bem-estar de seus cidadãos a bordo da flotilha, incluindo o brasileiro Thiago Ávila. A união de tantas nações demonstra a crescente atenção internacional sobre a situação em Gaza e a necessidade urgente de assistência humanitária.
A nota enfatiza que a flotilha tem como propósito declarado entregar ajuda humanitária e aumentar a conscientização sobre as necessidades prementes do povo palestino. “Ambos os objetivos são compartilhados por nossos governos”, afirma o comunicado, sublinhando o alinhamento entre a missão da flotilha e os valores humanitários defendidos pelos países signatários. O texto ressalta ainda que qualquer violação ao direito internacional e aos direitos humanos dos participantes da flotilha não ficará impune.
“Dessa forma, instamos todos a que se abstenham de atos ilegais ou violentos contra a Flotilha, em respeito ao direito internacional e ao direito internacional humanitário”, completa o governo brasileiro, em comunicado divulgado na íntegra no site oficial. A flotilha, que partiu de Barcelona em 31 de agosto, é composta por 88 barcos de 44 países, todos determinados a levar ajuda para a população palestina. Em junho, uma missão similar foi interrompida pelo exército israelense, que deportou os ativistas.