Em tom de deboche, o presidente venezuelano Nicolás Maduro minimizou a recompensa de US$ 50 milhões oferecida pelos Estados Unidos por informações que levem à sua captura. Ele questionou o valor da quantia, comparando-se de forma inusitada a figuras como o terrorista Osama Bin Laden, o astro argentino Lionel Messi e o atacante uruguaio Darwin Núñez.

“Será que valho mais que Bin Laden? Mais que Darwin Núñez, o grande jogador de futebol do Uruguai?”, ironizou Maduro. “Ainda colocam que valho mais que Messi, o que seria uma injustiça”, completou o presidente, em referência ao renomado jogador argentino.

A recompensa por Maduro foi dobrada pelos EUA no início de agosto, saltando de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões. O governo americano acusa Maduro de liderar o Cartel de los Soles, organização de tráfico de drogas, acusação que o governo venezuelano nega veementemente.

Maduro classificou a iniciativa americana como um “ataque imoral e extravagante” do governo Trump contra ele e a Venezuela. Segundo o presidente, o objetivo dos EUA seria promover uma mudança de regime para se apropriar dos recursos naturais do país, como petróleo e ouro.

As tensões entre os dois países têm escalado. Recentemente, Maduro convocou a população para uma possível “luta armada” em defesa da soberania, enquanto Trump não descarta ataques à Venezuela. A escalada militar na região, com o envio de navios de guerra americanos ao Caribe, aumenta a instabilidade.