Votação pode ocorrer a qualquer momento
A Câmara pode votar um pedido para o projeto de anistia aos envolvidos nos ataques golpistas do 8 de Janeiro.
A Câmara dos Deputados pode votar nesta quarta-feira um pedido para que o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos ataques golpistas do 8 de Janeiro tramitar em regime de urgência, o que significa que o texto poderia ser analisado a qualquer momento diretamente no plenário, sem precisar passar por comissões.
Consequências do atrito político
Tanto deputados da oposição como governistas acreditam que o atrito gerado pelo voto da federação PT-PCdoB-PV contra a PEC da Blindagem deve ter como efeito colateral um apoio, ainda que tácito, do presidente da Câmara a um formato de anistia mais próximo ao almejado por bolsonaristas. A situação se complica ainda mais com a sinalização de que Davi Alcolumbre barrará a medida no Senado, o que pode impactar negativamente a votação.
O cenário atual da PEC da Blindagem
Na terça à noite, a Câmara iniciou a aprovação da PEC da Blindagem, com mais de 340 votos a favor, muito acima do mínimo necessário. Essa estratégia governista não conseguiu impedir a retaliação de parlamentares ao STF e, na prática, abriu caminho para o avanço da anistia. O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Filipe Barros, destaca que a posição do partido de Lula, ao não apoiar a PEC, faz com que o Centrão reaja.
A imprevisibilidade da votação
Fontes indicam que a votação da urgência para o projeto de anistia é considerada imprevisível entre as lideranças. A resistência de alguns partidos do Centrão e a possibilidade de veto por Lula são fatores que podem contaminar o resultado da votação. Diante disso, a situação política em torno da anistia continua sendo um tema delicado e cheio de nuances.