Bolsonaro e 2026: Maioria Acredita que Ex-Presidente Deve Apoiar Outro Candidato

Uma pesquisa recente revela que a maioria dos brasileiros acredita que Jair Bolsonaro, atualmente inelegível, deveria abrir mão de uma candidatura à Presidência da República em 2026 e, em vez disso, apoiar outro nome. O levantamento aponta que 76% dos entrevistados compartilham dessa opinião.

Este cenário já demonstrava uma tendência em pesquisas anteriores, com 65% concordando em maio, caindo para 62% em junho, e retornando a 65% em agosto. Após a condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de estado, o índice saltou nove pontos percentuais, atingindo os 76% atuais.

Ainda assim, 19% dos entrevistados defendem que Bolsonaro deveria manter sua candidatura. A pesquisa indica que 5% não souberam ou não quiseram opinar sobre o assunto.

Bolsonaro está inelegível, no mínimo, até 2030, e este período pode ser estendido devido à condenação por tentativa de golpe de Estado. O Supremo Tribunal Federal o condenou a 27 anos e 3 meses de prisão por este crime e outros quatro relacionados. A condenação também se estendeu a outros sete réus.

A pesquisa também investigou quem os entrevistados consideram um bom nome para suceder Bolsonaro. Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, lidera as indicações com 15%, seguido pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior, com 9%. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro aparece com 5%, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, com 3%. Os filhos de Bolsonaro, Eduardo e Flávio, receberam 1% das menções cada.

O levantamento também apurou a percepção sobre os dois principais líderes políticos do país. Questionados sobre o que lhes causa mais medo, “Lula continuar ou Bolsonaro voltar?”, 49% citaram o ex-presidente, um aumento de 2 pontos percentuais em relação a agosto. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu 41% das menções, também com um aumento de 2 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 12 e 14 de setembro. As entrevistas foram realizadas pessoalmente, em domicílio. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.

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