Lula convoca grande reunião para terça com governadores para discutir ameaças às escolas, diz ministro Flávio Dino, em Curitiba

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, lançou, nesta sexta-feira (14), em Curitiba, a segunda fase do Programa Nacional de Segurança com Cidadania no Paraná, junto com o governador Ratinho Jr. Em entrevista coletiva, ele adiantou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir na terça-feira (18), em Brasília, com governadores e representantes de prefeitos para tratar das ameaças de ataques nas escolas. Flávio Dino disse, ainda, que, no mesmo dia, Lula e os governadores devem discutir a atuação das forças de segurança pública dos estados para o próximo 20 de abril. “As redes escolares são marcadamente estaduais ou municipais. Então, o governo federal não vai decidir unilateralmente o que ocorrerá no dia 20” acentuou.

Ele voltou a falar sobre ações do governo federal – em conjunto com estados e municípios – para combater novos casos de violência nas escolas e classificou o problema como nacional. “O Governo Federal está mostrando uma preocupação e, ao mesmo tempo, transitando em torno de dois princípios fundamentais: proteger e unir a sociedade para que haja máxima tranquilidade possível. Nós já tivemos a pandemia, que teve como uma das principais sequelas a dificuldade de funcionamento da educação e nós não vamos permitir que empresas estrangeiras poderosas lucrem em cima da vida de nossas crianças”, disse.

 

Por isso, há a necessidade de integração da Polícia Federal com as polícias estaduais, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP). “Não temos condições, neste momento, de afirmar que há uma nucleação superior dessas células. Mas que elas se organizam por intermédio da internet isso é inequívoco”, garantiu.

Flávio Dino descreveu dois perfis identificados entre as mais de cem prisões e apreensões, conforme a faixa etária, da Operação Escola Segura.

“Temos casos, inclusive, de jovens adolescentes de um estado sendo dirigidos, por intermédio da internet, por pequenas células situadas em outros estados. Temos, portanto, duas faixas: aqueles que agem individualmente, por problemas pessoais de várias naturezas, e também temos essas células estimulando [a cometerem atos violentos]”.

As investigações mostraram que a internet é o principal meio de incitação à violência, por isso, o ministro da Justiça exigiu, por meio de norma, que as plataformas digitais façam o monitoramento e restrição de conteúdos com ameaças postadas.

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