Piloto defende mudanças para maior consistência nas decisões
Carlos Sainz defende a criação de um corpo fixo de comissários permanentes na Fórmula 1, visando maior clareza nas decisões.
Carlos Sainz voltou a defender a criação de um corpo fixo de comissários na Fórmula 1, após a revisão bem-sucedida de sua penalidade no GP da Holanda. O piloto espanhol havia recebido dez segundos de punição e dois pontos na superlicença por um contato com Liam Lawson na curva 1 em Zandvoort, mas os pontos na superlicença do espanhol foram posteriormente cancelados após a Williams apresentar novas imagens ao painel de comissários.
Necessidade de mudanças estruturais
Sainz acredita que o episódio reforça a necessidade de mudanças estruturais: “A F1 e FIA concordam que esse deveria ser o caminho, pelo menos dois dos três comissários serem permanentes e um ser rotativo para aprendizado”, afirmou Sainz em Baku. Ele argumentou que a presença dos mesmos avaliadores daria mais clareza e consistência nas decisões: “Se eu soubesse que o árbitro seria sempre o mesmo em cada corrida, entenderia melhor o padrão e como eles julgariam um incidente”.
Comparação com o futebol
Embora Sainz reconheça que alguns comparam a situação com o futebol, onde diferentes árbitros atuam sem contestação, ele reforçou que no automobilismo essa falta de consistência pode prejudicar os pilotos. “Entendo o argumento, mas tenho uma opinião muito clara sobre isso”, disse.
Revisão em Zandvoort
Sobre o processo de revisão em Zandvoort, Sainz comentou: “Depois da corrida, fiquei bastante chateado porque estava muito convencido de que tínhamos razão. Foi positivo ver que havia mecanismos para reabrir o caso e corrigir a decisão”. Ele lembrou ainda do GP da Austrália de 2023, quando sua solicitação de revisão foi rejeitada. Para ele, a decisão recente em favor da reanálise mostra um avanço no procedimento: “O fato de cancelarem os pontos na superlicença (em Zandvoort) foi um bom sinal. Assim que apresentamos as novas evidências, ficou óbvio que havia margem para corrigir a situação.”