A vocação que transforma vidas – Por Pedro Ernesto Macedo

Há quem escolha a medicina.
E há quem seja escolhido por ela.

Paulo Roberto Benites não se tornou pneumologista, alergista e imunologista por conveniência, diploma ou circunstância. Ele foi empurrado — pela vida, pelas Leis Universais, pelo mistério da existência — para dentro do corpo humano como quem atravessa um portal.

Formou-se pela Universidade Federal do Paraná em 1977, mas a formação que importa começou muito antes do título, muito antes do estetoscópio, antes mesmo da consciência plena. Começou na infância, quando um acidente abriu sua pele e lhe mostrou, como um segredo revelado antes da hora, que o corpo era mais do que carne: era mundo, era código, era pergunta.

E uma pergunta, quando nasce cedo demais, não se cala nunca mais.

Enquanto os outros meninos colecionavam figurinhas, Paulo colecionava inquietudes. Quando muitos buscavam aventuras, ele buscava porquês. E quando o mundo convidava para a superfície, ele afundava — sem medo — na profundidade da existência.

48 anos depois, o menino que viu o avesso do corpo se transformou em um homem que vê o avesso do ser humano.

Não é exagero.
Paulo não trata pulmões — trata histórias.
Não atende alergias — decifra origens.
Não observa apenas sintomas — escava causas.

Porque onde o leigo vê doença, ele vê linguagem.
Onde o desavisado vê inflamação, ele vê memória.
Onde o comum enxerga corpo, ele enxerga alma tentando falar.

Sua jornada poderia ter sido apenas técnica. Poderia ter sido acadêmica, previsível, lisa. Mas não — porque a vida não dá ferramentas a quem não possui destino. E Paulo recebeu ferramentas demais para ser só médico.

Recebeu sensibilidade para perceber o invisível,
Silêncio para escutar o que o paciente não diz,
Intuição para ir onde o exame não chega.

E isso não se compra, não se aprende, não se ensina.
Isso se carrega.
Isso se traz.

A medicina que Paulo pratica não é a que entrega alívio provisório — é a que devolve sentido. Ele não encosta no corpo como quem repara máquina. Ele toca o ser humano como quem revisita templo.

A Medicina Resolutiva e Transformadora que ele defende não se contenta em estancar efeitos — ela desce à raiz.
E raiz dói, mas cura.
Raiz assusta, mas liberta.
Raiz exige coragem — e coragem é a matéria prima dos que nasceram para servir.

É por isso que Paulo fala como quem carrega séculos nos olhos.
É por isso que sua escuta não é consulta — é encontro.
É por isso que quem chega doente sai diferente.

Porque ele não pergunta apenas “O que dói?”
Ele pergunta “Por que dói?”
E essa pergunta, quando bem feita, reorganiza destinos.

Hoje, com quase meio século de estrada, o que sobra em Paulo não é cansaço — é maturidade.
Não é desgaste — é ancestralidade.
Ele sabe do corpo o que poucos sabem da alma.
Sabe do pulmão o que muitos ignoram da própria respiração.
E sabe que doença não é castigo — é mensagem.

Há médicos que tratam.
Há médicos que aliviam.
Mas existem alguns — raros — que reordenam.
Paulo é desses.

Ele não entrega cura: ele devolve caminho.
Não dá respostas: acorda perguntas.
Não promete milagre: convida para retorno interno, para a reconciliação com aquilo que nos habita mas evitamos tocar.

E talvez o grande sentido dessa história seja apenas esse:

O corpo não grita por dor — grita por atenção.
A doença não derruba — desperta.
E a cura não está no remédio — está no relembrar-se.

Paulo não opera no pulmão. Opera na consciência.
Sua medicina não é bisturi — é verbo.
E verbo é ponte, é semente, é permanência.

Ele diz que “o verbo precisa ser compartilhado para que possamos continuar a existir”.
Eu concordo. Porque o silêncio adoece, o não dito inflama, o que se engole vira febre.

Paulo Roberto Benites não cura corpos — cura histórias presas na carne.
E se existe algo mais humano do que isso, talvez não seja dessa Terra.

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