A associação alega violação da liberdade de imprensa após atos de violência
A ABI acionou a Justiça contra Hugo Motta por violência em plenário.
ABI toma atitude judicial contra Hugo Motta por violência
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) anunciou, nesta quarta-feira (10/12), que irá processar judicialmente o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, devido a um incidente de violência contra jornalistas ocorrido no dia anterior, 9 de dezembro. Durante a sessão, Motta foi acusado de permitir que agentes da Polícia Legislativa agissem de maneira agressiva contra a imprensa e parlamentares.
Contexto do incidente de 9 de dezembro
A confusão começou quando o deputado Glauber Braga (PSol-RJ) tomou a Mesa Diretora como forma de protesto contra a votação de um processo de cassação. Motta, em resposta, mandou que Glauber fosse retirado à força do plenário. Além disso, o presidente da Câmara também determinou a expulsão de jornalistas e servidores, interrompendo as transmissões oficiais da sessão.
Medidas legais da ABI
A ABI anunciou três ações específicas que visam responsabilizar Hugo Motta por suas ações durante o incidente:
1. Representação na Procuradoria-Geral da República por crime de responsabilidade, em virtude da interferência no exercício da liberdade de imprensa.
2. Informe-denúncia internacional à Relatoria Especial de Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA.
3. Representação na Comissão de Ética da Câmara contra Motta, apontando quebra de decoro parlamentar e infrações disciplinares.
Essas iniciativas têm como objetivo garantir a liberdade de expressão e proteger jornalistas de qualquer ato de violência ou censura, um direito fundamental em qualquer democracia.
Repercussão e apoio à liberdade de imprensa
O episódio gerou indignação entre diversas organizações de direitos humanos e instituições de mídia, que expressaram apoio à ABI e condenaram as ações de Hugo Motta. O presidente da instituição, em nota, reiterou a importância da proteção à liberdade de imprensa, essencial para a manutenção da democracia.
Além disso, o caso levanta questões sobre a crescente tensão entre a política e a mídia no Brasil, onde episódios de violência contra jornalistas têm se tornado cada vez mais comuns. A ABI busca, com estas ações, mostrar que não se pode permitir que a liberdade de expressão seja comprometida por interesses políticos.
O cenário político no Brasil está se tornando cada vez mais volátil, e a defesa da liberdade de imprensa deve ser uma prioridade para garantir que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas. O ato de Hugo Motta não é um caso isolado, mas parte de um padrão preocupante em que a violência contra a imprensa é utilizada como uma ferramenta para silenciar críticas e descontentamento.
A expectativa é que as ações da ABI provoquem discussões mais amplas sobre a proteção da liberdade de imprensa e a importância de um ambiente seguro para jornalistas exercitarem seu trabalho sem medo de represálias ou violência.


