Desempenho das ações OIBR3 e OIBR4 com forte queda na B3
As ações da Oi desabaram 18% após anúncio de estado falimentar na B3.
As ações da Oi (OIBR3;OIBR4) estão enfrentando uma queda acentuada na B3, desvalorizando-se em 18% após a Gestão Judicial informar que a empresa atingiu um “estado falimentar”. Esse anúncio foi feito ao Juízo da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, destacando que a companhia não consegue mais cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com seus credores e fornecedores. Neste contexto, por volta das 11h45 (horário de Brasília), a ação OIBR3 estava cotada a R$ 0,23, uma queda de 17,86%, enquanto OIBR4 caía 14,59%, a R$ 3,98.
O documento apresentado à Justiça revela que a Oi se encontra em uma situação crítica, com uma “financeira e operacional irreversível”. As receitas mensais da empresa são insuficientes para cobrir as despesas essenciais, e a margem bruta caiu drasticamente de -10% em janeiro de 2025 para -135% em outubro, evidenciando o colapso das finanças da operadora. O estado de insolvência é caracterizado pela incapacidade de pagar dívidas que não estão inclusas no processo de recuperação e pela falha em implementar medidas que melhorem o fluxo de caixa.
Apesar do reconhecimento da insolvência, a Gestão Judicial propõe que, caso a falência seja decretada, as atividades da empresa sejam mantidas provisoriamente para evitar prejuízos aos serviços considerados essenciais, tanto públicos quanto privados. A Oi mantém atualmente mais de 4,6 mil contratos com órgãos públicos e cerca de 10 mil contratos privados ativos, incluindo serviços de conectividade para 13 mil lotéricas da Caixa Econômica Federal e redes de comunicação do Comando da Aeronáutica (Cindacta).
Impacto da venda de ações pela gestora de fundos
No mesmo dia, a gestora de fundos Pacific Investment anunciou a venda de 6.326.844 ações ordinárias da Oi, correspondendo a 1,9258% do capital social total e votante da companhia. Após essa operação, os fundos mantêm 113.769.004 ações ordinárias, que representam 34,6281% do capital social votante e total. A gestora esclareceu que essa venda não implica em mudanças no controle acionário ou na estrutura administrativa da Oi.
Além disso, a gestora informou que não possui outros valores mobiliários da empresa, exceto pelas ações ordinárias mencionadas, e que não está exposta a operações com derivativos relacionados à Oi. Também foi destacado que não existem acordos ou contratos que regulem o direito de voto das ações da empresa, o que reforça a estratégia de não alterar a composição acionária no momento da venda.
Cenário futuro da Oi e suas implicações
A Oi já passou por sua segunda recuperação judicial, e o atual cenário levanta dúvidas sobre a viabilidade da empresa no longo prazo. Com a crescente pressão financeira e a necessidade de reestruturação, o futuro da operadora de telecomunicações se torna incerto. O mercado observa atentamente os desdobramentos, especialmente em relação às suas obrigações com contratos essenciais e a interação com credores.
Esse quadro preocupante não apenas afeta os investidores, mas também impacta diretamente os consumidores que dependem dos serviços da Oi. A situação evidencia a fragilidade do setor de telecomunicações no Brasil, e a necessidade de um plano eficaz de recuperação que possa garantir a sustentabilidade da empresa e a continuidade dos serviços prestados à população.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Oi, OIBR3, Gol, GOLL4, Cosan, CSAN3, Mercados, Empresas, Radar do Mercado