Primeira negociação sob a administração Trump visa combater doenças infecciosas
Quênia assina acordo de saúde com os EUA, com foco em doenças infecciosas e transparência.
Quênia e EUA firmam acordo inédito na área de saúde
Em um passo significativo na cooperação internacional, o Quênia assinou um acordo histórico de saúde com os Estados Unidos, o primeiro sob a administração de Donald Trump, nesta terça-feira. Com um valor de aproximadamente R$ 13,1 bilhões (ou $2,5 bilhões), o pacto foca na luta contra doenças infecciosas, como HIV/Aids, tuberculose e malária, além de garantir cuidados maternos e resposta a surtos.
Detalhes do acordo
O acordo, que será executado ao longo de cinco anos, prevê que os Estados Unidos contribuam com R$ 8,5 bilhões ($1,7 bilhões), enquanto o governo queniano fará sua parte com R$ 4,6 bilhões ($850 milhões). A expectativa é que, com o tempo, o Quênia assuma um papel crescente na implementação e gestão desse investimento, visando à melhoria dos serviços de saúde no país.
Durante a cerimônia de assinatura, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, descreveu o acordo como “marcante”, reiterando a importância do Quênia como aliado dos Estados Unidos na África. Ele elogiou os esforços do país em liderar iniciativas que visam combater o crime organizado, com um foco particular na missão da ONU em Haiti.
Preocupações sobre privacidade de dados
Entretanto, o acordo levantou preocupações sobre a segurança dos dados de saúde. Há temores de que a nova estrutura de cooperação permita que os EUA acessem dados sensíveis de saúde dos cidadãos quenianos, incluindo informações sobre o estado de HIV e histórico de tratamentos. O Ministro da Saúde do Quênia, Aden Duale, tentou minimizar essas preocupações, afirmando que somente “dados agregados e desidentificados” seriam compartilhados com os EUA.
Duale também reforçou a importância da proteção dos dados de saúde, considerando-os um ativo estratégico nacional. Muitos quenianos, no entanto, estão exigindo a divulgação do texto completo do acordo para garantir que a privacidade de suas informações esteja assegurada.
Implicações futuras e outros acordos
Este acordo com o Quênia poderá pavimentar o caminho para que outros países africanos firmem pactos semelhantes com os EUA. Com o plano “America First Global Health Strategy”, o governo dos EUA busca alinhar a ajuda internacional com suas prioridades políticas e garantir que os recursos cheguem diretamente aos governos. Outros países na África estão sendo incentivados a participar deste novo formato de ajuda.
O presidente queniano, William Ruto, se comprometeu a garantir que cada centavo do acordo será utilizado de maneira eficaz e transparente para a melhoria dos serviços de saúde no país. O investimento também busca modernizar a infraestrutura de saúde queniana, com a aquisição de equipamentos modernos e aumento da capacitação da força de trabalho na área de saúde.
Conclusão
O acordo histórico entre Quênia e EUA pode causar um impacto significativo na luta contra as doenças infecciosas no país, mas também levanta questões importantes sobre o manejo de dados e a transparência nas relações de ajuda internacional. O Quênia se posiciona agora como um exemplo de colaboração em saúde e desenvolvimento na África, mas o desafio de manter a confiança da população em relação à privacidade de seus dados permanecerá um foco de atenção nos meses e anos vindouros.
Fonte: www.bbc.com
Fonte: s US Secretary of State Marco Rubio (R


