Entenda como as farmacêuticas se comprometeram a reduzir custos.
Acordos recentes com farmacêuticas visam a redução dos preços de medicamentos nos EUA, com compromisso de investimento em manufatura nacional.
As recentes negociações entre o governo dos Estados Unidos e grandes farmacêuticas representam um movimento significativo na busca por reduzir os preços dos medicamentos. As empresas Pfizer, AstraZeneca, Eli Lilly e Novo Nordisk, entre outras, concordaram em um conjunto de medidas que prometem beneficiar milhões de americanos ao tornar os tratamentos mais acessíveis.
O contexto dos acordos
Esses acordos foram firmados em um momento em que o governo Trump busca implementar políticas de preços mais favoráveis, ligando os custos dos medicamentos nos EUA aos preços que são praticados no exterior. A ideia central é acabar com a chamada “fuga global” de custos, onde os americanos pagam significativamente mais por medicamentos em comparação com pacientes em outros países. Com isso, o presidente Trump anunciou que 14 das 17 maiores farmacêuticas aceitaram reduzir os preços, um feito que ele chamou de “a maior vitória pela acessibilidade do paciente na história da saúde americana”.
Detalhes das empresas envolvidas
Além das já mencionadas, outras grandes empresas como Merck, Bristol Myers Squibb, Amgen, Gilead, GSK, Sanofi, Roche’s Genentech, Boehringer Ingelheim e Novartis também assinaram os acordos. Como parte do entendimento, as farmacêuticas se comprometeram a vender tratamentos existentes a pacientes do Medicaid pelos preços mais baixos possíveis, garantidos pelo novo site direto ao consumidor, TrumpRx, que será lançado em janeiro.
A Sanofi, por exemplo, anunciou que oferecerá descontos de até 70% em medicamentos destinados a tratar infecções e condições cardiovasculares e diabetes. Enquanto isso, a Gilead planeja lançar um programa para que pacientes tenham acesso ao tratamento de Hepatite C, Epclusa, a preços reduzidos. Essas iniciativas são vistas como um passo positivo na direção da redução dos custos de saúde nos EUA.
O impacto no mercado de medicamentos
Estudos indicam que os preços médios dos medicamentos prescritos nos EUA são quase três vezes mais altos do que em outros países. A pesquisa de 2024 da RAND Corporation destaca que os preços dos medicamentos de marca superam em quatro vezes os preços internacionais, o que gera um debate acirrado sobre as práticas de preço no setor farmacêutico.
Embora as farmacêuticas tenham mostrado disposição para negociar, a associação comercial PhRMA, que representa muitas dessas empresas, alega que a política de preço de “nação mais favorecida” não é a melhor solução para a redução dos custos de medicamentos, apontando que os gerenciadores de benefícios farmacêuticos são os principais culpados pela disparidade de preços.
O que esperar a seguir
Com a adesão de gigantes da indústria farmacêutica a esses acordos, espera-se que a pressão sobre preços de medicamentos continue a aumentar. Johnson & Johnson, AbbVie e Regeneron ainda não aderiram, mas Trump indicou que a J&J se juntará em breve. O futuro dos preços dos medicamentos nos EUA pode ser moldado por essas iniciativas, que prometem não apenas uma redução nos custos, mas também um compromisso com a produção local.
Esses esforços são um reflexo do crescente reconhecimento da necessidade de tornar os cuidados de saúde mais acessíveis e é um passo significativo nas negociações entre governo e setor privado. Enquanto os acordos estão em vigor, a atenção do público e dos especialistas em saúde continuará a se concentrar na implementação e nos resultados dessas promessas.
Fonte: www.cnbc.com
Fonte: CNBC



