Entenda os prós e contras do açúcar e dos adoçantes para tomar uma decisão consciente
Saiba os efeitos do açúcar e adoçantes na saúde e como escolher a opção mais adequada para seu corpo.
Açúcar ou adoçante: entenda as diferenças para tomar decisões conscientes
O debate sobre açúcar ou adoçante é constante e envolve diversas questões de saúde e hábitos alimentares. A partir da análise das recomendações nutricionais e dos efeitos desses ingredientes no organismo, é possível entender melhor qual opção faz mais sentido para cada pessoa. A questão do “açúcar ou adoçante” deve ser avaliada conforme a saúde, a quantidade consumida e a relação de cada indivíduo com o sabor doce.
O papel do açúcar na alimentação e seus riscos quando consumido em excesso
O açúcar é um carboidrato de absorção rápida, fornecendo energia imediata ao corpo. Contudo, o consumo elevado e frequente de açúcar está relacionado a inflamação, resistência à insulina, aumento do risco de diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares e cáries dentárias. No Brasil, o consumo médio de açúcar ultrapassa quase o dobro do limite máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é até 10% das calorias diárias, sendo ideal manter abaixo de 5%.
Adoçantes: tipos, usos terapêuticos e cuidados necessários
Os adoçantes são compostos que proporcionam sabor doce com poucas ou nenhuma caloria. Podem ser classificados em artificiais — como sucralose, aspartame e acessulfame-K — ou naturais, como stevia, xilitol e eritritol. Para pessoas com diabetes, os adoçantes são ferramentas importantes para controle glicêmico, permitindo maior flexibilidade alimentar. Nesses casos, o uso moderado e conforme as quantidades seguras indicadas é recomendado, preferindo versões naturais ou sucralose.
Entretanto, para quem não tem diabetes, o consumo frequente de adoçantes pode alterar o paladar, dificultando a reeducação alimentar, além de potencialmente modificar a microbiota intestinal. Os polióis, grupo que inclui xilitol e eritritol, podem causar desconfortos gastrointestinais como gases, distensão e diarreia, principalmente em pessoas com intestino sensível ou dietas específicas como low FODMAP.
Impactos do consumo de adoçantes em crianças e recomendações das entidades de saúde
O uso de adoçantes em crianças não diabéticas não é recomendado por sociedades médicas como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). A exposição precoce a adoçantes condiciona o paladar a preferir sabores muito doces, reduzindo a aceitação de alimentos nutritivos, como frutas e legumes, além de possivelmente afetar a microbiota intestinal em desenvolvimento. Essa preferência também pode aumentar o consumo futuro de alimentos ultraprocessados.
Estratégias para reduzir o consumo geral de açúcares e adoçantes na dieta diária
Para a maioria das pessoas sem restrição médica, o ideal é diminuir a intensidade do sabor doce consumido, seja proveniente de açúcar ou adoçante. Estratégias eficazes incluem adoçar preparações com frutas frescas, secas ou legumes naturalmente adocicados, além de reduzir gradativamente as quantidades de açúcar e adoçantes adicionados. Por exemplo, reduzir de duas para uma colher de chá de açúcar ou adoçante no café, ensinando o corpo a apreciar sabores menos doces.
Cabe destacar que não há diferenças significativas em calorias ou picos glicêmicos entre os tipos de açúcar (mascavo, demerara, cristal ou refinado), sendo a escolha baseada na quantidade mais baixa de consumo possível. Micronutrientes essenciais devem ser obtidos por meio de alimentos variados e frescos, e não pelo açúcar.
Conclusão: a melhor escolha é individual e depende do equilíbrio e moderação
O consumo consciente de açúcar ou adoçante é fundamental para a manutenção da saúde. Não há uma solução única para todos; cada pessoa deve avaliar o que funciona melhor para seu organismo, preferências e condições clínicas. Reduzir o dulçor da dieta e valorizar alimentos naturais são passos importantes para melhorar a alimentação e o bem-estar geral.
Fonte: portalleodias.com