Acusado de matar ex-premiê do Japão se declara culpado em audiência

Homenagem a Shinzo Abe  • Kyodo News via Getty Images

Tetsuya Yamagami admitiu o crime na primeira audiência do caso, três anos após o assassinato de Shinzo Abe.

Tetsuya Yamagami admitiu ter atirado no ex-primeiro-ministro Shinzo Abe durante sua audiência nesta terça-feira (28).

Tetsuya Yamagami, de 45 anos, admitiu ter atirado fatalmente no ex-primeiro-ministro Shinzo Abe durante sua primeira audiência na terça-feira (28), três anos após o assassinato que chocou o Japão. Yamagami foi preso no local do ataque em julho de 2022, quando disparou uma arma de fabricação caseira enquanto Abe discursava em Nara, no oeste do Japão. “É verdade que fui eu”, declarou Yamagami ao tribunal, calmamente vestido com um moletom preto e calças cinzas.

Motivos do ataque

O advogado de Yamagami argumentou que a arma utilizada não se enquadrava na definição de armas curtas segundo a Lei de Controle de Armas de Fogo e Espadas do Japão, solicitando uma redução de qualquer punição. Yamagami culpou Abe por promover a Igreja da Unificação, um grupo com o qual ele tinha um histórico de rancor, especialmente após sua mãe ter feito uma doação significativa à instituição.

Repercussões políticas

O assassinato de Abe teve um impacto profundo na política japonesa, revelando que mais de cem parlamentares do Partido Liberal Democrata, que Abe liderava, tinham laços com a Igreja da Unificação. Essa revelação resultou em uma queda no apoio público ao partido, atualmente sob a liderança de Sanae Takaichi, a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do Japão.

Próximas etapas

Após a audiência inicial, mais 17 sessões estão programadas até que o veredito seja proferido em 21 de janeiro. O caso continua a atrair atenção nacional e internacional, especialmente em meio a eventos significativos na política global, como a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Japão, que coincidiu com a audiência.

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