Administração Trump propõe revogação de norma sobre poluição por fuligem

AP Photo/Charlie Riedel, File

A nova proposta visa abandonar regras rigorosas estabelecidas para a poluição por partículas finas, alegando falta de autoridade da administração Biden.

A administração Trump busca revogar normas que estabelecem padrões rigorosos para a poluição por fuligem, citando falta de autoridade da administração anterior.

Revogação das normas de poluição por fuligem pela administração Trump

A administração Trump está buscando revogar a norma que estabelece padrões rigorosos para a poluição por fuligem, uma ação que alega ser necessária por conta da falta de autoridade da administração Biden para estabelecer tais regras. Essa decisão ocorre em um contexto mais amplo de tentativas de reduzir regulamentações ambientais que, segundo críticos, podem ter impactos negativos significativos na saúde pública e no meio ambiente.

Contexto das normas de fuligem e sua importância

A norma anterior, finalizada pela EPA no último ano da administração Biden, tinha como objetivo reduzir a poluição por partículas finas provenientes de veículos e fontes industriais. A implementação dessa norma era vista como essencial para prevenir milhares de mortes prematuras a cada ano, além de melhorar a qualidade do ar e reduzir problemas respiratórios, como asma.

A norma definia um limite máximo de 9 microgramas de poluição por metro cúbico de ar, uma redução em relação ao limite anterior de 12 microgramas estabelecido sob a administração Obama. Essa mudança foi respaldada por uma abundância de evidências científicas que demonstram os riscos à saúde associados à exposição a altos níveis de fuligem.

Reações à proposta de revogação

A proposta de revogação gerou reações fortes de grupos ambientais e defensores da saúde pública. Ambientalistas alertaram que a decisão da EPA representa uma ameaça à saúde da população, especialmente para grupos vulneráveis, como crianças e pessoas idosas. Hayden Hashimoto, um advogado da Clean Air Task Force, criticou a ação, afirmando que ela é uma tentativa explícita de evitar os requisitos legais necessários para reverter uma das ações mais impactantes da EPA em anos.

Além disso, a EPA, em sua defesa, argumentou que a norma anterior poderia custar bilhões aos cidadãos americanos e que não foi baseada em uma análise completa da ciência disponível, conforme exigido pela legislação. Em resposta, defensores da saúde pública destacaram que voltando a normas mais brandas, o governo estaria ignorando as evidências científicas que apoiam a necessidade de padrões mais rigorosos para a proteção da saúde pública.

Implicações para a saúde pública e o meio ambiente

As emissões de fuligem são conhecidas por causar sérios problemas de saúde, incluindo doenças respiratórias e cardiovasculares, e sua redução é crucial para a proteção da saúde pública. A decisão de revogar a norma pode levar a um aumento nas hospitalizações e mortes prematuras, com estimativas anteriores sugerindo que a norma poderia evitar até 4.500 mortes por ano e 800.000 casos de sintomas de asma, resultando em benefícios de saúde de cerca de 46 bilhões de dólares até 2032.

Com essa proposta, a administração Trump busca reverter a direção que a EPA tomou sob a administração Biden, colocando em dúvida o compromisso do governo com a proteção ambiental e a saúde pública. As próximas etapas incluem a proposta de uma nova regra pela administração Trump, que deverá ser apresentada no início do próximo ano, prometendo um novo olhar sobre a gestão da poluição por fuligem e suas implicações para a saúde pública e o meio ambiente.

Fonte: apnews.com

Fonte: AP Photo/Charlie Riedel, File

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