Caso chocante no Paraná revela abuso e negligência
Adolescente de 14 anos foi agredida após ser vendida pela mãe ao abusador em Cascavel, no Paraná.
A adolescente, de 14 anos, que foi agredida em uma rua de Cascavel, no Oeste do Paraná, teria sido ‘vendida’ pela própria mãe ao abusador e responsável pelas agressões, ocorridas na madrugada do último domingo (12). Segundo o tenente-coronel da Polícia Militar do Paraná (PMPR), Divonsir de Oliveira Santos, a adolescente foi vendida para fins de prostituição. “(Mãe) teria vendido ela para se prostituir. E ela teria outros irmãos que passaram pela mesma situação. O pai é usuário de drogas, então não há a menor condição de irmos atrás dessa família para acolhimento”, destacou.
Reação das autoridades
A Polícia Militar buscou o apoio do Conselho Tutelar de Cascavel para apurar os abusos sexuais, mas o órgão se recusou a atender a solicitação. O conselheiro de plantão afirmou que seria necessário falar com a família, mas a equipe policial argumentou que a família estava desestruturada e a jovem precisava de acolhimento imediato. A Secretaria Municipal de Assistência Social de Cascavel informou que está buscando esclarecimentos sobre o caso e que, se houver descumprimento de funções, pode encaminhar a situação à Corregedoria Municipal.
Homicídio e investigação
O caso ganhou ainda mais gravidade quando um homem, de 32 anos, foi morto a pedradas após tentar defender a adolescente durante as agressões na madrugada de domingo. O delegado da Polícia Civil do Paraná, Fabiano Moza, informou que o agressor alegou que estava defendendo um amigo, mas não sabia que a vítima havia morrido. O abusador foi preso em flagrante por homicídio qualificado, e a Justiça converteu a prisão para preventiva.
Consequências e próximos passos
A Polícia Militar planeja encaminhar um documento a várias autoridades, incluindo o Ministério Público do Paraná (MPPR), ressaltando a postura do Conselho Tutelar em casos anteriores. O amigo do agressor ainda não foi localizado e está sendo aguardado para prestar depoimento. O caso traz à tona a necessidade de uma investigação mais profunda sobre a proteção de menores e a atuação das instituições responsáveis.