“Diella” intensifica o debate sobre como as empresas podem usar a inteligência artificial para aumentar a confiança e a credibilidade
A Albânia fez história ao se tornar o primeiro país do mundo a nomear uma ministra gerada por Inteligência Artificial. “Diella” será a autoridade digital encarregada de supervisionar os processos de compras públicas, um setor que historicamente apresenta vulnerabilidades e corrupção. O primeiro-ministro Edi Rama fez o anúncio durante o congresso do partido, com o objetivo de aumentar a transparência e restaurar a confiança do público nas instituições.
“Diella” já era familiar para os cidadãos albaneses por sua atuação na plataforma e-Albania, onde ajudava os usuários a obterem documentos e serviços por meio de comandos de voz. Com a nova função, suas responsabilidades foram ampliadas: ela precisará acompanhar licitações, analisar grandes volumes de dados e detectar possíveis irregularidades em tempo real. Essa ação tem como objetivo mostrar que a tecnologia pode promover mais equidade no processo de tomada de decisões.
O caso do país do sudeste europeu reacende a discussão sobre o papel da inteligência artificial. Se governos já testam a tecnologia como guardiã da credibilidade, empresas também poderiam ampliar seu uso para além da eficiência operacional, incorporando-a à gestão de riscos, compliance e relacionamento com stakeholders. Para especialistas, a tendência é que a linha entre humano e máquina se torne cada vez mais tênue. Empresas que se anteciparem poderão não apenas ganhar eficiência, mas transformar a confiança em um ativo estratégico diante de clientes, parceiros e investidores.
No Brasil, algumas iniciativas caminham nessa direção. A startup StaryaAI, por exemplo, desenvolve agentes de inteligência artificial voltados para saúde e gestão administrativa. Seu motor proprietário, Nebula, promete interações seguras e personalizadas, capazes de compreender não apenas dados clínicos, mas também padrões de comportamento. “Nosso motor analisa dados de cada interação e os transforma em informações acionáveis. Com isso, nossos agentes compreendem emoções, padrões de pensamento e desafios individuais, permitindo planos de tratamento mais precisos”, explica Danilo Benatti Godoy, CGO da StaryaAI.
A startup iniciou sua atuação em saúde emocional, com soluções para estresse, ansiedade e distúrbios do sono, e rapidamente expandiu para programas de acompanhamento de pacientes, engajamento em iniciativas de bem-estar e automação de processos em operadoras de saúde e áreas de recursos humanos. Segundo Godoy, o objetivo é fortalecer a confiança nas relações entre empresas e clientes que usam a tecnologia, assim como a confiança nos agentes de IA. “É interessante ver a Albânia nomeando “Diella”, uma ministra de IA, para combater a corrupção. Isso mostra que estamos vivendo uma virada de chave: a inteligência artificial deixou de ser apenas ferramenta de eficiência para se tornar guardiã da confiança. Quando governos começam a testar IA como mecanismo de credibilidade, as empresas também precisam olhar além da produtividade. Já vemos isso em cases como o NHS no Reino Unido, que utiliza IA para prever riscos clínicos e salvar vidas, ou o JP Morgan, que aplica inteligência artificial para compliance e detecção de fraudes em larga escala”, afirma.
Sobre a Starya AI
Fundada em 2024, a StaryaAI tem como objetivo capacitar organizações e auxiliá-las a transformar suas operações com inteligência artificial avançada, proporcionando eficiência, personalização e acessibilidade em cada atendimento. Para mais informações acesse: https://starya.ai/