Expectativas do ministro sobre o futuro do acordo comercial.
Geraldo Alckmin expressa otimismo sobre o acordo Mercosul–UE em coletiva.
O futuro do acordo Mercosul–UE
O ministro Geraldo Alckmin fez declarações otimistas sobre o futuro do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Em coletiva de imprensa realizada em 19 de dezembro de 2025, ele manifestou a esperança de que o adiamento da assinatura do acordo seja curto, destacando a importância estratégica e comercial que essa parceria representa para os países do Mercosul. Alckmin mencionou que o acordo não é apenas uma questão comercial, mas também política, o que o torna ainda mais relevante no cenário atual.
Contexto do adiamento
Recentemente, a União Europeia anunciou que a assinatura do acordo com o Mercosul foi adiada para 2026. Essa decisão foi recebida com preocupação por parte de líderes do Mercosul, que veem a formalização do acordo como um passo crucial para aumentar as trocas comerciais e fortalecer a integração econômica entre as regiões. Alckmin reiterou a necessidade de acelerar as conversas para que o acordo seja assinado o quanto antes, considerando as oportunidades que ele pode gerar para os países envolvidos.
Tarifas e expectativas
Durante a coletiva, Alckmin também abordou as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que têm impactado as exportações brasileiras. Ele ressaltou que, apesar dos desafios, o Brasil está terminando o ano com um recorde de exportações, o que demonstra a resiliência do setor. No entanto, o ministro enfatizou a necessidade de avançar nas negociações para isentar tarifas que ainda estão em vigor, especialmente aquelas que afetam produtos industriais.
Além disso, Alckmin comentou sobre as tarifas mexicanas, assegurando que os acordos existentes entre Brasil e México não serão afetados por novas taxas. Ele mencionou que, devido a esses acordos, o impacto financeiro seria de apenas US$ 600 milhões, em contraste com as projeções anteriores que indicavam um impacto de mais de US$ 1 bilhão.
Avanços nas negociações
O ministro expressou otimismo sobre a possibilidade de um avanço nas negociações tarifárias até julho de 2026, não apenas com os países do Mercosul, mas também com a Índia, Canadá e Emirados Árabes. Alckmin acredita que a interação comercial pode ser ampliada, beneficiando não apenas o Brasil, mas toda a região.



