Uma mudança importante nas diretrizes de saúde brasileiras acaba de entrar em vigor: a partir de agora, profissionais da área devem considerar indivíduos com pressão arterial em 12 por 8 como portadores de pré-hipertensão. Essa nova classificação, antes vista como normal, exige atenção e, em alguns casos, intervenção médica para evitar a progressão para hipertensão.

Essa atualização está alinhada com o consenso internacional de 2024 e reflete a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025, elaborada em conjunto pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). A decisão visa identificar e tratar precocemente pacientes em risco, reduzindo as chances de complicações cardiovasculares graves.

A hipertensão arterial, ou pressão alta, ocorre quando o sangue exerce uma força excessiva contra as paredes das artérias. Tradicionalmente, valores acima de 14 por 9 (140/90 mmHg) eram considerados hipertensão. Sintomas como tontura, falta de ar e dores de cabeça podem indicar pressão alta, mas muitas vezes a condição é silenciosa, tornando crucial o monitoramento regular.

A nova diretriz também redefine a meta de pressão arterial para pacientes hipertensos, reduzindo o limite aceitável de 14 por 9 para 13 por 8. Essa mudança se aplica a todos os pacientes, independentemente da idade, sexo ou presença de outras doenças. O objetivo é minimizar o risco de eventos como infarto, AVC e insuficiência renal.

Embora a hipertensão não tenha cura na maioria dos casos, ela pode ser controlada com medicamentos e mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, prática de exercícios físicos e redução do consumo de sal. A detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para garantir a qualidade de vida e prevenir complicações futuras. Fique atento à sua saúde e consulte um profissional para avaliar seus níveis de pressão arterial regularmente.