Alerta Médico: Obesidade Eleva Risco de Câncer Colorretal – Veja Como se Proteger

O excesso de peso, já conhecido por seus impactos negativos no coração e no controle da glicose, agora figura como um fator de risco alarmante para o câncer. Estudos científicos robustos têm demonstrado essa conexão perigosa, com destaque para o câncer colorretal.

Uma análise abrangente de diversas pesquisas revelou que indivíduos obesos enfrentam um risco 25% a 57% maior de desenvolver essa neoplasia. Adicionalmente, um estudo recente publicado no Jama Network acende um sinal de alerta para a obesidade central, ou seja, o acúmulo de gordura abdominal, associada ao aumento do risco de tumores intestinais.

“Esse artigo destaca a importância da medida da circunferência abdominal como parâmetro para avaliar o aumento do risco de câncer colorretal”, salienta a endocrinologista Cláudia Schimidt, do Hospital Israelita Albert Einstein, reforçando a importância de monitorar a saúde abdominal.

A gordura abdominal, infiltrada entre os órgãos, comporta-se como um tecido endócrino ativo, liberando substâncias pró-inflamatórias. Essas inflamações constantes, ainda que sutis, podem induzir danos celulares e, consequentemente, o desenvolvimento do câncer. Desequilíbrios hormonais, comuns na síndrome metabólica, e a resistência à insulina também são apontados como fatores que contribuem para a formação de tumores.

O oncologista Alexandre Palladino, chefe do setor de Oncologia Clínica do Instituto Nacional de Câncer (INCA), enfatiza a gravidade da situação: “Hoje a obesidade é considerada como o segundo maior fator de risco evitável para o câncer”, ficando atrás apenas do tabagismo. Portanto, a prevenção da obesidade emerge como uma estratégia crucial na redução do risco de câncer, embora a predisposição genética também desempenhe um papel importante.

Diante desse cenário preocupante, a endocrinologista Cláudia Schimidt apela por políticas de saúde pública eficazes, que incentivem a prática regular de atividade física em ambientes seguros e acessíveis. Afinal, o combate ao sedentarismo é um pilar fundamental na prevenção de diversos tipos de câncer.

A alimentação saudável também desempenha um papel crucial. A maioria dos estudos sugere priorizar o consumo de vegetais e reduzir a ingestão de carne vermelha, como demonstrado em um estudo recente publicado no periódico Frontiers in Medicine. A dieta mediterrânea, rica em hortaliças, grãos integrais, legumes, frutas, sementes, laticínios magros e peixes, é um exemplo a ser seguido.

As fibras, presentes em grande parte dos alimentos vegetais, são essenciais para a saúde intestinal. Além de combater a constipação e reduzir o contato das mucosas do órgão com substâncias nocivas, as fibras promovem o equilíbrio da microbiota intestinal, fortalecendo as defesas do organismo.

Por fim, manter o check-up em dia é fundamental. “As últimas diretrizes recomendam fazer a colonoscopia a partir dos 45 anos”, aconselha Palladino. Para aqueles com histórico familiar de câncer, é importante conversar com o médico e, se necessário, antecipar o exame. O diagnóstico precoce é a chave para o sucesso no tratamento.

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