A indústria de cruzeiros no Brasil inicia a temporada 2025/2026 com uma redução de 20% na frota em operação, o que deve acarretar um impacto significativo de R$ 1,3 bilhão na economia nacional. A falta de infraestrutura adequada e o aumento dos custos operacionais têm sido apontados como os principais desafios enfrentados pelo setor. Na temporada anterior, o número de passageiros chegou a 838 mil e a movimentação total girou em torno de R$ 5,4 bilhões, mas a expectativa atual é de um cenário mais complicado com menos leitos disponíveis e cortes de empregos. As empresas estão buscando soluções junto ao governo para reverter a situação e melhorar a competitividade do Brasil no mercado global de cruzeiros.
Setor de cruzeiros enfrenta desafios com redução de 20% na frota, impactando R$ 1,3 bilhão na economia.
Cerca de R$ 1,3 bilhão deve deixar de circular na economia brasileira nesta temporada, com a indústria de cruzeiros iniciando a temporada 2025/2026 com uma redução de 20% na frota em circulação. A falta de infraestrutura adequada e o aumento dos custos operacionais têm sido desafios significativos que comprometem a competitividade do setor em relação a outros países.
Impactos econômicos e de emprego
O corte de 20% na oferta de leitos representa 17 mil empregos a menos e um impacto direto na economia. Na temporada 2023/2024, o setor movimentou R$ 5,4 bilhões, mas a expectativa atual é de que a situação se agrave, com menos navios e mais custos. O presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, destaca que a falta de um ambiente favorável pode levar à perda de navios para mercados com melhores condições operacionais.
Desafios estruturais
Os problemas enfrentados pelo setor incluem taxas portuárias elevadas e a falta de terminais adequados, que aumentam os custos de operação. A falta de eletricidade em terra para os navios obriga as embarcações a manterem seus geradores a diesel funcionando enquanto estão atracadas, gerando mais despesas. Além disso, a burocracia e questões trabalhistas resultam em um acúmulo de ações no Judiciário que afetam a operação das empresas.
Caminhos para a recuperação
As empresas estão se articulando com o governo federal para reverter o cenário atual, com reuniões em andamento com ministérios relevantes. Um grupo de trabalho está focado em uma agenda de 15 pontos para melhorar a navegação no país. Espera-se que novas concessões de terminais marítimos e a construção de pontos de parada ajudem a mitigar os gargalos existentes, enquanto as companhias buscam aumentar sua capacidade para a próxima temporada.