A Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) recebeu um ofício da ONG Visão Mundial em 4 de agosto do ano passado, alertando sobre o risco de violência na Escola Luís Felipe, em Sobral. O pedido de transferência de um aluno ameaçado por facções foi feito meses antes do ataque a tiros, que resultou na morte de dois adolescentes. O documento detalhava a situação grave do estudante, que acumulou 125 faltas devido ao medo de se deslocar para a escola, impactando sua permanência em um programa social. A escola está localizada em uma área de conflito entre facções, e o trajeto do aluno representava um perigo constante.
A transferência de um aluno da Escola Luís Felipe, em Sobral, foi solicitada antes de um tiroteio que resultou na morte de dois adolescentes. A Seduc foi alertada sobre o risco de violência em agosto do ano passado.
A Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) foi formalmente alertada em 4 de agosto do ano passado sobre o risco de violência na Escola Luís Felipe, em Sobral, onde dois adolescentes foram assassinados nesta quinta-feira (25). Um ofício da ONG Visão Mundial pedia a transferência de um aluno ameaçado por facções, que acumulou 125 faltas devido ao medo. O pedido de socorro ocorreu meses antes da tragédia que vitimou os estudantes.
Situação do aluno ameaçado
Um ofício protocolado pela ONG Visão Mundial junto à Seduc detalhava a grave situação de um estudante na Escola Professor Luís Felipe, em Sobral. O documento solicitava urgência para a transferência de um aluno devido a ameaças diretas à sua integridade física. O pedido ocorreu mais de um mês antes do trágico ataque a tiros que vitimou dois adolescentes na última quinta-feira (25).
Contexto de violência na região
O documento da ONG especificava que o jovem estava sendo ameaçado por um grupo armado com forte atuação na região da escola, situada no bairro Campo dos Velhos. O estudante residia no bairro vizinho, Nova Caiçara, uma área controlada por uma facção rival àquela do entorno da unidade de ensino. A disputa territorial transformava o trajeto diário do aluno em um perigo constante.
Impacto na educação e programa social
O medo de se deslocar para a escola culminou em um alto índice de faltas. Devido ao risco diário, o adolescente acumulou 125 faltas na unidade escolar, o que não apenas prejudicou seu aprendizado, mas também colocou em risco sua permanência no programa social Pé-de-Meia, do qual ele é beneficiário. A situação levanta questões sobre a segurança nas escolas e a responsabilidade das autoridades em proteger os alunos.