Alessandro Stefanutto: ex-presidente do INSS preso pela Polícia Federal

METRÓPOLES

Investigação revela fraudes e desvios de aposentadorias envolvendo Alessandro Stefanutto

Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, foi preso pela PF durante investigação sobre fraudes em aposentadorias.

Alessandro Stefanutto e sua trajetória no INSS

Alessandro Stefanutto, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), foi preso pela Polícia Federal (PF) em 13 de novembro de 2025, no contexto da Operação Sem Desconto. Esta operação investiga um esquema de fraudes que desviou recursos de aposentadorias por meio de descontos não autorizados. A investigação, que ganhou notoriedade através de reportagens do Metrópoles, revela um sistema complexo de fraudes que afetou milhares de beneficiários em todo o Brasil.

Stefanutto, que é natural de São Paulo e se formou em direito pela Universidade de Mackenzie, ocupou a presidência do INSS a partir de julho de 2023, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Antes de assumir o cargo, ele tinha uma longa carreira no serviço público, atuando como procurador federal e diretor de Orçamento, Finanças e Logística.

O esquema de fraudes

O esquema investigado pela PF, conhecido como Farra do INSS, consistia em descontos indevidos nas aposentadorias e pensões, que teriam gerado um desvio significativo de recursos. De acordo com as apurações, a arrecadação com esses descontos ultrapassou R$ 2 bilhões em um ano. O escândalo levou à abertura de inquéritos e à demissão de diversos envolvidos, incluindo Stefanutto e o então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

As operações da PF, que foram desencadeadas a partir de denúncias veiculadas pelo Metrópoles, resultaram na prisão de Stefanutto e de outros envolvidos. O ex-presidente do INSS foi um dos 10 mandados de prisão executados na nova fase da Operação Sem Desconto, que busca desmantelar a rede de fraudes que operava dentro do sistema previdenciário.

Reações e consequências

Após a revelação das fraudes, Carlos Lupi, que indicou Stefanutto para o cargo, se pronunciou sobre a situação. Ele assumiu a responsabilidade pela nomeação e destacou a importância de garantir o direito de defesa dos acusados. Lupi também foi exonerado em decorrência do escândalo e das investigações que se seguiram.

Alessandro Stefanutto, com 54 anos, já havia acumulado 24 anos de experiência no serviço público antes de sua prisão. Ele também participou da equipe de transição entre os governos de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, o que demonstra sua inserção em altos escalões da administração pública.

Impacto na previdência

A prisão de Stefanutto e as investigações em curso levantam questões sérias sobre a integridade do sistema previdenciário brasileiro. A operação da PF não apenas expõe a fragilidade do controle sobre fraudes, mas também o impacto direto que tais ações têm sobre os aposentados e pensionistas, que dependem do INSS para sua subsistência.

A expectativa é que as investigações continuem a desvelar outras irregularidades e que medidas eficazes sejam tomadas para proteger os direitos dos beneficiários do INSS. A sociedade aguarda respostas e soluções que garantam a transparência e a segurança no sistema previdenciário.

O caso de Alessandro Stefanutto é um lembrete da importância de um controle rigoroso dentro das instituições públicas e da necessidade de um sistema que proteja os mais vulneráveis da ação de fraudes e desvios.

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