Uma tragédia abalou o Jardim Itaguaçu, em Campinas, na última quinta-feira (11): a amizade de longa data entre Davi Umberto Fenoglio, de 21 anos, e Bruno Henrique Corrêa, de 34, chegou a um fim brutal. Uma discussão acalorada sobre a instalação de uma câmera de segurança culminou com a execução de Davi em frente à sua residência. O autor dos disparos, Bruno, que se incomodava com o equipamento, encontra-se foragido.

O ponto de partida para o desentendimento foi a instalação da câmera em uma rua do bairro. A relação, antes marcada pela amizade, azedou, e o equipamento de monitoramento se tornou o centro de uma crescente discórdia. Existe a suspeita de que Bruno estaria envolvido com atividades ilícitas, como o tráfico de drogas, e temia ser filmado.

A escalada da tensão transformou a relação em um “desafeto”, com trocas de ameaças e até mesmo um ato de vandalismo contra a moto de Davi. A situação, que já era preocupante, atingiu um patamar de violência irreversível. “Eles eram amigos, sempre se davam bem”, lamentou um morador, ainda em choque com a tragédia.

Na fatídica madrugada, Davi e sua esposa foram surpreendidos por Bruno enquanto trafegavam de moto. Inicialmente, o casal pensou tratar-se de um assalto, mas a esposa de Davi reconheceu a voz do agressor. Sem hesitar, Bruno sacou a arma e descarregou diversos tiros à queima-roupa contra Davi, que não resistiu aos ferimentos.

Os disparos, a princípio confundidos com fogos de artifício pelos vizinhos, revelaram-se um ato de violência fatal quando a esposa de Davi foi vista em estado de choque ao lado do corpo do marido. Equipes do SAMU foram acionadas, mas a vítima já havia falecido. O caso foi registrado no 2º Distrito Policial de Campinas, e a polícia segue em busca de Bruno Henrique Corrêa, enquanto a família enlutada chora a perda irreparável.