Nova legislação garante mais segurança aos agentes legislativos.
A nova lei amplia o porte de arma para policiais legislativos nas assembleias estaduais, alterando o Estatuto do Desarmamento.
A recente sanção da Lei 15.306 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, publicada no Diário Oficial da União, traz uma mudança significativa ao garantir o porte de arma de fogo para os policiais legislativos das assembleias estaduais e da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Essa medida, que altera o Estatuto do Desarmamento, se destina a aumentar a segurança dos agentes que atuam no legislativo local.
O contexto da nova legislação
O projeto de lei que originou essa nova norma, o PL 5.948/2023, foi proposto pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) e recebeu aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em setembro deste ano. O relator da matéria, senador Esperidião Amin (PP-SC), destacou a necessidade de fortalecer a segurança nos ambientes legislativos, onde a presença de armamentos pode ser vista como uma medida de proteção frente a ameaças e situações de risco.
Entretanto, a sanção não foi sem polêmicas. O presidente vetou partes do projeto que permitiriam a dispensa de requisitos como a comprovação de idoneidade, capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio de armas, que são exigências estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento. O veto foi justificado pela preocupação com a segurança pública e o risco de uma flexibilização das normas que regem o controle de armas no Brasil.
Implicações e preocupações
A decisão de não dispensar esses requisitos é vista como uma salvaguarda necessária para garantir que apenas aqueles que se provam aptos e responsáveis possam portar armas de fogo. O veto foi fundamentado na necessidade de manter as garantias essenciais para o uso seguro de armamentos, evitando potenciais riscos que poderiam comprometer a segurança pública e infringir direitos constitucionais.
Com essa nova lei, os policiais legislativos têm agora um respaldo legal mais robusto para exercer suas funções, embora a discussão sobre os limites do porte de armas continue a ser um tema sensível no debate público. A sociedade observa atentamente as consequências dessa alteração legislativa que, sem dúvida, terá impacto tanto na segurança pública quanto na dinâmica das atividades legislativas no país.



