Análise da LDO é adiada e senador critica Haddad

Senador Efraim Filho pede mais atenção ao corte de gastos

A análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 foi adiada. O senador Efraim Filho critica o governo pela falta de cortes de gastos.

A análise do relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 foi adiada na Comissão Mista de Orçamento (CMO) nesta quarta-feira (8), após um pedido feito pelo governo para que se houvesse mais tempo de avaliar eventuais ajustes no texto devido à frustração de receitas. O presidente da CMO, senador Efraim Filho (União-PB), fez críticas à condução fiscal do governo Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que o equilíbrio fiscal também se faz pelo lado da despesa.

Críticas ao governo

Efraim Filho destacou que o ministro Fernando Haddad tem focado na arrecadação, mas parece ter esquecido a importância do corte de despesas. “O governo precisa entender que equilíbrio fiscal também é feito com qualificação do gasto, eliminação de desperdícios e redução de custos”, afirmou o senador. Ele também alertou que a perda de arrecadação não deve justificar novos aumentos de impostos, pedindo mais eficiência nos gastos públicos.

Adiamento solicitado

O adiamento da votação foi solicitado pelo presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), para permitir diálogo com a equipe econômica. Efraim mencionou que o plano é manter a apreciação da LDO no plenário do Congresso na quinta-feira, com apenas duas pautas programadas.

Prazo e consequências

O parlamentar ressaltou que os prazos estão apertados e que é crucial para o Congresso aprovar o Orçamento ainda este ano, para evitar prejuízos à execução orçamentária de 2026. Ele advertiu que não votar o Orçamento seria prejudicial para o governo, o Congresso e o Brasil.

Tensão entre governo e Congresso

O adiamento ocorre em um momento de tensão entre o governo e o Congresso, especialmente sobre a tentativa do Planalto de barrar o calendário de pagamento antecipado das emendas parlamentares. A proposta inclui o pagamento das emendas até três meses antes das eleições, o que pode aumentar o poder político dos parlamentares e prefeitos aliados, mas reduzir a margem de manobra fiscal do governo.

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