Ângela Diniz: série revisita a história de uma mulher assassinada duas vezes

HBO Max

Nova produção da HBO Max aborda dilemas de liberdade feminina e violência de gênero

A nova série da HBO Max, sobre Ângela Diniz, destaca a luta da socialite contra a violência de gênero.

A nova série sobre Ângela Diniz e seus dilemas

A história de Ângela Diniz, socialite mineira assassinada em 1976, é revisitada na série “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada” da HBO Max, que estreia nesta quinta-feira (13/11). Dirigida por Andrucha Waddington, a produção se inspira no podcast “Praia dos Ossos” e explora temas atuais, como a liberdade feminina e a violência de gênero, refletindo os dilemas enfrentados por mulheres até hoje.

O assassinato e suas repercussões

Ângela, conhecida por sua beleza e independência, iniciou um relacionamento tumultuado com o empresário Doca Street, que culminou em seu assassinato. Em um ataque de ciúmes, Doca atirou quatro vezes em Ângela, resultando em um crime que chocou o Brasil e teve ampla cobertura da imprensa. A defesa alegou “legítima defesa da honra”, e Doca recebeu uma pena considerada branda, uma questão que ainda gera debates sobre as injustiças enfrentadas pelas mulheres.

Retrato de uma mulher à frente de seu tempo

Na série, Ângela é interpretada por Marjorie Estiano, que destaca a complexidade da personagem, uma mulher livre e intensa, disposta a romper com os padrões da época. A atriz menciona que o desafio foi dar voz a uma mulher que não era construída apenas para sentir prazer, mas sim para lutar por sua liberdade. A trama retrata sua decisão de se separar do marido e a busca por uma vida autônoma, algo impensável para muitas mulheres naquela época.

O papel de Doca Street e a masculinidade

Emílio Dantas, que interpreta Doca Street, descreve seu personagem como um reflexo de uma masculinidade problemáticas que persiste até hoje. Ele salienta que, se o crime ocorresse na atualidade, Doca poderia ser uma figura proeminente na sociedade, como um influenciador ou político. Essa análise crítica traz à tona a discussão sobre como a imagem e o status ainda influenciam comportamentos masculinos prejudiciais.

A importância do diálogo sobre a violência de gênero

O diretor Andrucha Waddington enfatiza que revisitar o caso de Ângela é essencial para compreender o presente, especialmente em um contexto onde a “legítima defesa da honra” só foi abolida em 2023. A série busca dar protagonismo à vítima, evitando transformar a tragédia em um espetáculo e focando na vida de Ângela, não no assassino.

Estreia e formato da série

“Ângela Diniz: Assassinada e Condenada” contará com seis episódios, exibidos semanalmente na HBO Max e na HBO. Os dois primeiros episódios foram lançados no dia 13 de novembro. Com um elenco que inclui Antônio Fagundes, Thiago Lacerda, e outros, a série promete abordar questões relevantes sobre feminismo e justiça, convidando o público a refletir sobre a posição das mulheres na sociedade, tanto no passado quanto no presente.

Conclusão

A nova série não só traz à tona a história de Ângela Diniz, mas também provoca um debate necessário sobre a violência de gênero e a busca por liberdade feminina em um mundo que ainda enfrenta esses dilemas. Com uma narrativa forte e personagens complexos, “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada” se destaca como uma produção que vai além do entretenimento, tocando em questões sociais urgentes.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: HBO Max

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