Antes de se tornar a “Diaba Loira”, conhecida por ostentar armas e envolvimento com o crime, Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, vivia uma realidade distante da violência. Natural de Santa Catarina, a jovem era filha de uma família de classe média e chegou a cursar Direito. Para custear seus estudos, Eweline vendia trufas e comercializava cosméticos online.
Em suas redes sociais, compartilhava momentos da vida cotidiana, incluindo fotos das gestações, registros com o marido e filhos, e até premiações. Uma mudança drástica ocorreu em agosto de 2022, quando ela sobreviveu a uma tentativa de feminicídio em Tubarão (SC), atribuída ao ex-companheiro. Após o incidente, Eweline deixou sua cidade natal e se mudou para o Rio de Janeiro.
Na capital fluminense, Eweline se aliou ao Comando Vermelho (CV), facção que domina áreas como a Gardênia Azul, na zona oeste. Em pouco tempo, imagens da jovem armada começaram a circular, ganhando notoriedade online. Em 2023, foi flagrada transportando sete quilos de cocaína. Em junho deste ano, Eweline voltou aos holofotes ao ser filmada atirando contra policiais militares durante uma operação.
Em vídeos, Eweline declarou ter rompido com o CV e se juntado ao Terceiro Comando Puro (TCP), o que a tornou alvo de ameaças. “Não me entrego viva, só saio no caixão”, afirmou em uma de suas últimas declarações. A trajetória de Eweline, que antes era marcada por ambições de crescimento através dos estudos e do trabalho, teve um final trágico, sendo executada a tiros em Cascadura, na Zona Norte do Rio.