Após condenação de Bolsonaro, pressão por anistia esquenta o debate no Congresso; governo articula contra

A recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro reacendeu a discussão sobre a anistia para envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro, impulsionando a oposição a intensificar a pressão pela aprovação de um projeto de lei que conceda o perdão. Em contrapartida, o governo Lula se mobiliza para barrar o avanço da proposta no Congresso Nacional, temendo as consequências políticas e sociais de tal medida.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também se juntou à articulação pela anistia, ampliando o alcance do debate. Parlamentares da oposição intensificaram a pressão para que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, paute o projeto após a condenação de Bolsonaro, que foi sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão.

No entanto, governistas acreditam que a ofensiva não deve prosperar, avaliando que, mesmo que avance na Câmara, a proposta enfrentará forte resistência no Senado. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, é conhecido por ser contrário à anistia e trabalha em uma proposta alternativa.

Para conter a pressão, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou ministros para atuarem junto às suas bases, buscando impedir o avanço da pauta no Legislativo. O governo também pretende focar na votação de projetos prioritários, como a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, na tentativa de desviar o foco da discussão sobre a anistia.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) minimiza a mobilização bolsonarista, afirmando que o objetivo é “criar instabilidade social, econômica e política no Brasil”. Ele aposta que nem Motta, nem Alcolumbre estariam de acordo em estabelecer isso na Câmara e no Senado.

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