Crimes e atentados se intensificam em meio à crise de segurança.
A violência no futebol equatoriano atinge níveis alarmantes, com atentados motivados por apostas e tráfico de drogas.
A violência no futebol equatoriano
A violência no futebol equatoriano se intensifica, refletindo uma crise de segurança que preocupa não apenas os fãs do esporte, mas toda a sociedade. O recente assassinato do lateral Mario Pineida, em Guayaquil, é um triste exemplo da escalada de crimes em um país que já enfrenta altos índices de homicídios. Com 44,5 homicídios para cada 100 mil habitantes em 2025, o Equador se tornou um dos países mais violentos da América Latina, segundo dados da ONU.
Contexto da violência
Em 2025, o Observatório Equatoriano do Crime Organizado registrou mais de 4.600 homicídios apenas no primeiro semestre, um aumento de 47% em relação ao ano anterior. A violência não se limita às ruas; está infiltrada nas arenas esportivas, onde jogadores se tornam alvos de ataques motivados por disputas entre grupos criminosos, principalmente relacionados a apostas e tráfico de drogas.
Os casos de violência não se restringem a Pineida. Em outubro, um ataque armado durante uma partida de futebol em Guayaquil resultou na morte de seis pessoas e deixou 17 feridas. A polícia atribui o ataque a uma disputa territorial entre traficantes de drogas, evidenciando como o esporte se torna um campo de batalha para interesses criminosos.
Detalhes dos atentados
Além do ataque em Guayaquil, o atacante Bryan Angulo, ex-jogador do Santos, também foi alvo de disparos enquanto se dirigia ao treino. Embora tenha se recuperado, o incidente gerou temor entre outros jogadores, que passaram a receber ameaças. A morte de Jonathan González, um jogador de 31 anos, dentro de sua casa em setembro, e os assassinatos de Maicol Valencia e Leandro Yépez em um hotel, demonstram que a violência está se tornando comum na vida dos atletas.
A pressão sobre os jogadores é intensa. González foi alvo de ameaças por parte de máfias de apostas, que exigiam que ele perdesse uma partida. O jogador de 31 anos foi assassinado pouco depois de um ataque anterior que quase custou sua vida. A presença de grupos criminosos nas proximidades dos estádios e sua influência sobre o jogo criam um ambiente de medo e insegurança.
Impactos e respostas
O clima de insegurança tem levado até mesmo dirigentes de clubes a deixar suas cidades. O presidente de um clube, por exemplo, optou por trabalhar remotamente devido ao medo de novos ataques. A situação é tão grave que propostas de suborno para manipular resultados de partidas são comuns, como foi o caso de uma oferta de 20 mil dólares feita em 2019.
Além disso, outros crimes, como sequestros, afetam o ambiente futebolístico. O zagueiro Pedro Pablo Perlaza foi sequestrado e libertado dias depois, enquanto a esposa e filho de outro jogador enfrentaram situação semelhante. A violência, portanto, não é apenas uma questão de segurança pública, mas um fenômeno que está mudando a natureza do futebol no Equador.
As consequências dessa escalada de violência são profundas, afetando a integridade do esporte e a vida de muitos atletas. A situação demanda atenção urgente das autoridades e da sociedade, para que não se torne uma nova normalidade. O que resta é esperar que a força do esporte possa trazer mudanças significativas nesse cenário sombrio.
Fonte: portalleodias.com
Fonte: Barcelona de Guayaquil)



