Decisão judicial aponta que a Apple infringiu tecnologia de leitura de oxigênio no sangue
Um júri federal decidiu que a Apple deve pagar US$ 634 milhões à Masimo por infringir uma patente de tecnologia de smartwatch.
Apple deve indenizar a Masimo por violação de patente
Um júri federal na Califórnia decidiu, nesta sexta-feira (15), que a Apple deve pagar US$ 634 milhões à Masimo devido à violação de uma patente relacionada à tecnologia de leitura de oxigênio no sangue. Essa decisão marca um momento crucial na disputa legal entre as duas empresas, que se prolonga por vários anos.
A Masimo, uma empresa especializada em tecnologia de monitoramento médico, alegou que o Apple Watch infringiu suas patentes ao incorporar funcionalidades de monitoramento de frequência cardíaca e modos de treino. Segundo a Masimo, essa tecnologia é central para seus produtos, e a violação foi confirmada por um porta-voz da empresa após o veredicto do júri.
Controvérsia sobre a validade da patente
Em resposta ao veredicto, um porta-voz da Apple declarou que a empresa não concorda com a decisão e planeja recorrer. Ele destacou que, ao longo dos últimos seis anos, a Masimo processou a Apple em vários tribunais, reivindicando a validade de mais de 25 patentes, a maioria das quais foi considerada inválida. O porta-voz também mencionou que a única patente em questão expirou em 2022 e se referia a tecnologias de monitoramento de pacientes antiquadas.
A Masimo, por sua vez, classificou o veredicto como uma vitória significativa em seus esforços para proteger suas inovações e propriedade intelectual. A disputa legal entre as duas empresas não se limita a este caso, já que envolve uma série de ações judiciais em várias instâncias.
Implicações da decisão para o mercado
A disputa legal levou um tribunal de comércio dos EUA a bloquear as importações dos smartwatches Series 9 e Ultra 2 da Apple em 2023, após determinar que a tecnologia da Apple infringia as patentes da Masimo. Como resposta, a Apple removeu a tecnologia de leitura de oxigênio de seus relógios para evitar a proibição e reintroduziu uma versão atualizada da tecnologia em agosto, que obteve a aprovação da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.
Recentemente, a Comissão de Comércio Internacional dos EUA decidiu realizar um novo processo para avaliar se os novos modelos de relógios da Apple devem estar sujeitos à proibição de importação. A Masimo, por sua vez, entrou com uma ação judicial contra a alfândega devido à decisão. Além disso, a Apple contestou separadamente a proibição de importação em um tribunal federal de recursos.
Conclusão
Essa batalha de patentes entre a Apple e a Masimo ilustra as complexidades da propriedade intelectual no setor tecnológico. À medida que a tecnologia avança, disputas como essa podem ter implicações significativas para as empresas envolvidas e para os consumidores. O desfecho desse caso poderá influenciar não apenas a Apple, mas também o futuro da inovação em tecnologias de saúde e bem-estar.
Fonte: www.moneytimes.com.br