Aprovação de projeto encerra impasse entre Maringá e Paiçandu

Mudanças nos limites territoriais trazem esperança a moradores da divisa

A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou projeto que redefine limites entre Maringá e Paiçandu, encerrando um impasse de 20 anos.

Famílias que dormem em Maringá e tomam café da manhã em Paiçandu estão prestes a ver um problema histórico chegar ao fim. A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou, nesta segunda-feira (13), em segunda votação, o projeto de lei que redefine os limites territoriais entre os dois municípios. A proposta, de autoria do deputado Evandro Araújo (PSD), busca corrigir uma distorção criada há mais de seis décadas e que afeta milhares de moradores que vivem na divisa.

Problemas enfrentados por moradores

O traçado atual, definido em 1960, estabeleceu uma linha reta de cerca de cinco quilômetros que atravessa propriedades rurais e bairros já consolidados. Na prática, isso criou uma série de transtornos: moradores que pagam impostos em uma cidade, mas dependem de serviços públicos da outra; dificuldade de acesso a redes de água, energia e internet; e até problemas com atendimento de emergência e transporte. “Há famílias que dormem em um quarto localizado em Maringá e tomam café na cozinha que fica em Paiçandu. Isso é um transtorno gigantesco”, explicou o deputado Evandro Araújo.

Nova delimitação territorial

A nova lei substitui o antigo traçado linear por um desenho territorial baseado em lotes, delimitando as áreas de forma mais precisa e coerente com a ocupação urbana atual. O território de Maringá será reduzido em 0,3%, enquanto o de Paiçandu será ampliado em 0,8%. O novo mapa foi definido de maneira consensual entre as prefeituras, câmaras municipais e comunidades locais, após audiências públicas e estudos técnicos validados pelo Instituto Água e Terra (IAT).

Expectativas para o futuro

Com a redefinição oficial das divisas, a expectativa é de que problemas como os enfrentados por moradores deixem de existir. A medida beneficiará diretamente cerca de 10 mil moradores dos bairros Jardim Bela Vista, Condomínio Monte Carmelo e Conjunto Novo Horizonte, áreas que há anos vivem sob insegurança jurídica sobre a quem pertencem. O impasse entre os municípios se arrastava havia cerca de 20 anos e, com a aprovação da proposta, deve ser finalmente encerrado.

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