Ararinhas-azuis: desafios para a preservação da espécie

Patrick Pleul/picture alliance via Getty Images

Entenda a situação crítica das ararinhas-azuis e os esforços para evitar a extinção

As ararinhas-azuis enfrentam uma grave ameaça de extinção devido a um vírus letal e à degradação de seu habitat.

A ararinha-azul e seu status crítico

As ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii), aves nativas do Brasil, enfrentam uma grave ameaça que pode levá-las à extinção. A situação se agravou em meados de novembro, quando o Ministério do Meio Ambiente (MMA) confirmou que as últimas 11 ararinhas-azuis que estavam na natureza, na zona rural de Curaçá (BA), testaram positivo para um vírus fatal, o circovírus.

A atual população de ararinhas-azuis no Brasil

De acordo com Claudia Sacramento, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), atualmente existem apenas 130 exemplares da espécie no Brasil. Desses, 103 estão em criadouros, e 31 delas testaram positivo para o vírus letal. Este novo surto de contaminação traz à tona a urgência de ações eficazes para salvar a ararinha-azul.

Esforços de recuperação e desafios

Historicamente, a ararinha-azul foi considerada extinta na natureza desde 2000, quando o último exemplar selvagem desapareceu. Contudo, iniciativas de resgate e reintrodução começaram a ser implementadas. O projeto que visa reintroduzir a espécie nas suas áreas nativas teve início em 2020, com a devolução de exemplares pela ONG alemã ACTP, que possuía cerca de 90% das aves em cativeiro. Apesar do progresso, a nova onda de contaminação acendeu um sinal de alerta sobre a continuidade do esforço de reintrodução.

A importância da variabilidade genética

Segundo a professora de biologia Elissandra Andrade, é fundamental que o processo de reintrodução continue. Um estudo recente indicou que um grupo mínimo de 20 indivíduos é necessário para começar um novo ciclo populacional, mas essa condição não garante a sobrevivência da espécie. Paralisar as solturas anualmente aumentaria drasticamente as chances de extinção. Portanto, a variabilidade genética deve ser mantida para assegurar a continuidade da espécie.

Ameaças à ararinha-azul

Vários fatores contribuíram para a drástica diminuição da população de ararinhas-azuis. O tráfico de animais silvestres é um dos principais culpados, transformando essas aves em alvos valiosos no mercado negro. Além disso, a destruição de seu habitat, especialmente na Caatinga, tem se mostrado devastadora, com a perda de árvores essenciais para a construção dos ninhos.

A necessidade de ação conjunta

Retomar a presença das ararinhas-azuis na natureza não envolve apenas soltá-las no ambiente. Exige um esforço conjunto entre o governo, as autoridades e a população. O governo deve financiar projetos e garantir a proteção legal das aves, enquanto a sociedade pode contribuir com a restauração do habitat e a conservação da Caatinga.

A colaboração é vital. Sem um esforço coordenado, a ararinha-azul poderá novamente desaparecer do meio natural, comprometendo assim um legado que é parte da biodiversidade brasileira. O futuro da espécie depende da ação imediata e eficaz de todos os envolvidos na sua preservação.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: Patrick Pleul/picture alliance via Getty Images

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