A investigação sobre a morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte, ganhou um novo capítulo. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou, nesta sexta-feira (15/08), que a arma utilizada no crime, ocorrido na última segunda-feira, pertence à delegada Ana Paula Lamego Balbino, esposa do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, principal suspeito do assassinato.
De acordo com a PCMG, a arma está registrada em nome da delegada como item particular, não se tratando, portanto, de armamento funcional da corporação. A revelação da propriedade da arma foi possível após a realização de perícia técnica, que confirmou sua utilização no homicídio. A polícia divulgou uma nota oficial confirmando a informação: “Trata-se de uma arma de fogo particular”, reforça o comunicado.
O crime ocorreu no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, quando Laudemir e sua equipe realizavam a coleta de lixo. Testemunhas relataram que Renê se irritou com a presença do caminhão na via e, após uma discussão, efetuou disparos contra o gari, que foi atingido na costela e não resistiu aos ferimentos. A motorista do caminhão relatou que o empresário ameaçou atirar em seu rosto antes de atingir Laudemir.
Renê da Silva Nogueira Júnior foi preso no mesmo dia do crime em uma academia da capital mineira. A Justiça decretou sua prisão preventiva, atendendo a um pedido do Ministério Público, considerando a gravidade do crime e o histórico de reincidência do empresário. “[Tendo em vista] todo esse contexto, gravidade concreta dos fatos, reiteração delitiva do agente eu acolho, por garantia da ordem pública, integralmente o parecer ministerial e converto seu flagrante em prisão preventiva”, declarou o juiz Leonardo Damasceno.
O corpo de Laudemir de Souza Fernandes foi sepultado na terça-feira (13/08), em Belo Horizonte, em meio a forte comoção. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil, que busca esclarecer todos os detalhes e motivações do crime.