Armas apreendidas no Rio custam mais de R$ 12 milhões, revela Castro ao STF

Luis Alvarenga/Governo do RJ

Governador apresenta dados sobre operação que deixou 121 mortos

Cláudio Castro informa ao STF que armas apreendidas em operação custam mais de R$ 12 milhões. Ao todo, foram confiscadas 122 armas, incluindo fuzis e pistolas.

Nesta segunda-feira (3), no CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) na Cidade Nova, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que as armas apreendidas na megaoperação realizada no dia 28 de outubro custam mais de R$ 12 milhões. A operação ocorreu nos Complexos da Penha e do Alemão e teve como objetivo capturar o líder do Comando Vermelho, Edgar de Andrade, conhecido como Doca.

Detalhes da operação

O relatório enviado ao STF detalha que foram confiscadas 122 armas, das quais 96 eram fuzis automáticos de uso militar, além de 25 pistolas e um revólver. Também foram apreendidas cerca de 5,6 mil munições. Durante a audiência que durou cerca de 2h30min, Castro apresentou dados sobre a execução da operação, que resultou em 121 mortes, ressaltando que a ação seguiu princípios constitucionais e normas legais.

Contexto e consequências

O encontro entre Castro e Moraes ocorreu em um momento tenso, mas terminou de maneira produtiva, segundo fontes. O STF analisa atualmente a ADPF das Favelas, que busca estabelecer normas para reduzir a letalidade policial em operações nas comunidades do Rio de Janeiro. Este documento foi ajuizado em 2019 pelo PSB e, em abril deste ano, a Corte homologou parcialmente um plano do governo do Rio.

Desdobramentos

A ADPF das Favelas visa discutir as diretrizes para a atuação policial em áreas de risco, buscando garantir mais transparência nas operações que resultam em mortes. O governador do Rio tem se posicionado em defesa das ações realizadas, ao mesmo tempo que há um crescente debate sobre a violência policial no estado.

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