Astrônomos registram explosão de buraco negro a 11 bilhões de anos-luz

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O fenômeno é o mais energético já observado no universo

Astrônomos detectaram a explosão mais potente já registrada, originada de um buraco negro a 11 bilhões de anos-luz da Terra.

Em 2018, astrônomos detectaram a explosão mais potente já observada, originada de um buraco negro supermassivo a 11 bilhões de anos-luz da Terra. O fenômeno, classificado como a explosão mais energética já registrada, atingiu uma luminosidade 10 trilhões de vezes maior que a do Sol. A causa do evento é a destruição de uma estrela com pelo menos 30 vezes a massa solar, atraída pela gravidade do buraco negro. A expectativa é que o fenômeno, ainda em andamento, dure cerca de 11 anos.

Detalhes do evento

O lampejo foi capturado por telescópios localizados na Califórnia, Arizona e Havai, revelando detalhes sobre a interação entre a estrela e o buraco negro. Os pesquisadores confirmaram a origem do evento em material estelar, descartando outras possibilidades como supernovae ou lentes gravitacionais. O buraco negro em questão possui uma massa estimada em 300 milhões de vezes a do Sol, e o processo que levou à explosão, conhecido como interrupção de maré, causou a deformação da estrela, transformando-a em filamentos de gás aquecido.

Observações contínuas

Desde o seu início, telescópios de alta precisão têm monitorado o evento. A luminosidade do lampejo aumentou gradualmente, atingindo seu pico em junho de 2018, e a análise de dados continua a mostrar que a luminosidade está lentamente diminuindo. Uma possível colisão com outro corpo celeste pode ter alterado a trajetória da estrela, levando à sua aproximação e subsequente destruição pelo buraco negro. O material resultante formou um disco de acreção ao redor do buraco negro, e a energia liberada é fruto do aquecimento do gás durante esse processo.

Implicações para a astronomia

Bolsas de gás, poeira e estrelas são constantemente atraídas por buracos negros supermassivos, que residem nos centros das galáxias. A escassez de estrelas com massas tão elevadas torna esses eventos um desafio para os astrônomos, que buscam entender melhor a dinâmica do universo. A proximidade do buraco negro pode ter contribuído para o aumento da massa da estrela, que pode ter atraído material de seu disco de acreção ao longo do tempo.

Essa descoberta não apenas amplia nosso conhecimento sobre buracos negros, mas também sobre a formação e a vida de estrelas massivas, que são raras e de difícil observação no cosmos.

Fonte: www.mixvale.com.br

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