Ataque a centro de distribuição de alimentos em Gaza deixa dezenas de mortos em meio a crescente crise humanitária

Um ataque israelense a um centro de distribuição de alimentos em Gaza resultou na morte de pelo.

Um ataque israelense a um centro de distribuição de alimentos em Gaza resultou na morte de pelo menos 27 pessoas que buscavam ajuda, segundo autoridades palestinas. O incidente ocorre em um contexto de crescente preocupação com a crise humanitária na região, com relatos de mortes por fome e desnutrição se tornando cada vez mais frequentes. Nas últimas 24 horas, outras seis pessoas morreram devido à fome ou à falta de nutrição adequada.

As Nações Unidas informam que, desde o final de maio, mais de 1.400 pessoas perderam a vida enquanto tentavam obter alimentos em centros de distribuição, muitos dos quais são administrados pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF). A GHF, que recebe apoio dos Estados Unidos, afirma que seus funcionários utilizam apenas spray de pimenta ou tiros de advertência para controlar as multidões. O número de mortos em Gaza nas últimas 24 horas, incluindo os que buscavam ajuda, chegou a 119, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

Enquanto isso, Israel nega veementemente que haja uma crise de fome em Gaza e afirma ter implementado medidas para aumentar a ajuda humanitária. No entanto, especialistas humanitários ouvidos pelo jornal britânico The Guardian contestam essa afirmação, argumentando que o país continua a impor severas restrições à entrada de assistência. Segundo autoridades de saúde palestinas, o número total de mortes por fome subiu para 175, incluindo 93 crianças. Em julho, o número de mortes por inanição superou o dos 20 meses anteriores combinados.

A situação em Gaza permanece tensa, com o conflito em curso desde o ataque liderado pelo Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou em cerca de 1.200 mortes. Desde então, as operações militares israelenses em Gaza causaram a morte de pelo menos 60.839 pessoas. A comunidade internacional continua a acompanhar de perto a situação, com apelos crescentes por um cessar-fogo e uma solução para a crise humanitária.

Em um desenvolvimento separado, Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança Nacional de Israel, realizou orações na mesquita de Al-Aqsa, um local sagrado para o Islã e o Judaísmo, em Jerusalém Oriental. A visita, que ocorreu sob a proteção do exército israelense, gerou indignação entre as potências regionais, incluindo Jordânia, Turquia e Arábia Saudita, que a consideraram uma provocação. O Ministério das Relações Exteriores da Jordânia condenou a visita como “uma provocação inaceitável”, ressaltando a necessidade de preservar a identidade sagrada de Jerusalém.

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