Cidade enfrenta severas consequências após ataques aéreos russos.
A capital ucraniana sofreu um ataque devastador, enquanto Zelensky se dirige aos EUA para conversas de paz.
A capital ucraniana, Kyiv, foi alvo de um ataque aéreo intenso na noite passada, resultando em um cenário devastador. O ataque, que durou quase 10 horas, envolveu o lançamento de aproximadamente 500 drones e 40 mísseis, conforme relatado pelo presidente Volodymyr Zelensky. A cidade, agora com uma parte considerável da população sem eletricidade e aquecimento, vive momentos de tensão e desespero diante da ofensiva russa.
Consequências do ataque em Kyiv
O impacto dos ataques foi profundo, gerando destruição em larga escala. O prefeito de Kyiv, Vitaliy Klitschko, informou que cerca de 4.000 edifícios residenciais estão sem aquecimento devido a danos na rede elétrica. Com temperaturas que devem ficar em torno de 1°C, a situação se torna ainda mais crítica para os habitantes da cidade. Os serviços de emergência estão trabalhando arduamente para restaurar a energia para cerca de 600.000 consumidores.
Além disso, um idoso morreu e 28 pessoas ficaram feridas, segundo a Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia. Com a cidade sem energia e aquecimento, as condições de vida se tornaram insustentáveis, levando à evacuação de pessoas de residências, incluindo um asilo na região de Darnytskyi.
Zelensky em busca de apoio internacional
Neste contexto, Zelensky está a caminho dos Estados Unidos para se reunir com o presidente Donald Trump, onde discutirá novas possibilidades de paz e a situação atual na Ucrânia. As conversas são vistas como uma oportunidade crucial para revitalizar as negociações e buscar apoio internacional em um momento de crise. O presidente ucraniano elogiou as ideias apresentadas durante suas conversas com enviados dos EUA, afirmando que há progresso nas discussões, mas que ainda existem questões sensíveis a serem abordadas.
O papel da Rússia e as perspectivas de paz
Por outro lado, a Rússia continua a intensificar sua campanha militar, com o Kremlin afirmando que as operações são uma resposta necessária. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, mencionou que o governo está avaliando propostas trazidas por um enviado russo após discussões em Washington. A falta de transparência e o desejo de manter um véu de sigilo sobre as negociações têm sido uma constante na postura russa, complicando ainda mais o cenário.
As ações de Putin e a resposta internacional serão cruciais nas próximas semanas, uma vez que a Ucrânia luta não apenas por sua integridade territorial, mas também pela sobrevivência de sua população em meio a um inverno rigoroso e a contínua ameaça de ataques.
Fonte: www.bbc.com