Atividades militares dos EUA no Caribe aumentam em meio a diálogo com Maduro

Operações de fuzileiros navais e exercícios conjuntos marcam a presença militar norte-americana na região caribenha.

Militares dos EUA intensificam operações no Caribe mesmo com diálogo entre Trump e Maduro.

Nos últimos meses, a presença militar dos Estados Unidos no Caribe tem se intensificado, com atividades que vão desde exercícios de fuzileiros navais até operações de combate ao narcotráfico. Mesmo com o diálogo entre Donald Trump e Nicolás Maduro, que busca uma solução pacífica para a crise na Venezuela, a administração norte-americana tem realizado ensaios militares que podem indicar uma futura operação na região.

Desde agosto de 2025, a mobilização militar dos EUA no Caribe ganhou força. De acordo com fontes oficiais, navios de guerra, caças F-35 e o porta-aviões USS Gerald R. Ford foram enviados para a área com a justificativa de combater o tráfico de drogas. Essa mobilização é acompanhada por uma nova estratégia que classifica alguns cartéis, como o Los Soles, como organizações terroristas, permitindo assim operações militares em países vizinhos sob essa justificativa.

Além do aumento nas atividades, já foram registrados 21 ataques contra embarcações suspeitas de transportar drogas, embora as autoridades dos EUA não tenham apresentado evidências concretas sobre essas alegações. A intensificação das operações inclui também treinamentos militares em solo latino-americano, com foco em habilidades como guerra de selva e operações de infiltração.

O Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM) é responsável por divulgar e coordenar essas atividades, que envolvem a 22ª Unidade Expedicionária do Corpo de Fuzileiros Navais. Os exercícios realizados em Porto Rico, especificamente no Camp Santiago, têm incluído simulações de desembarques e combate, com o objetivo de preparar as tropas para possíveis ações futuras.

Recentemente, um aviso de segurança foi emitido pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) para a área de San Juan, alertando sobre uma “situação potencialmente perigosa” que se estenderá até fevereiro de 2026. Essa advertência reflete a crescente tensão na região, que se intensifica com o aumento das operações militares.

No último sábado (15/11), por exemplo, o navio de assalto anfíbio USS Iwo Jima foi utilizado para simular infiltrações rápidas, demonstrando a capacidade de resposta das forças navais dos EUA. Além disso, exercícios conjuntos com países como Chile, Equador e Panamá têm sido promovidos, visando treinar as tropas para operações em ambientes de selva.

Diante desse cenário, a misteriosa operação “Lança do Sul” foi anunciada pelo Pentágono, que visa proteger o hemisfério ocidental do narcotráfico, mas detalhes adicionais sobre essa missão ainda não foram revelados. A situação continua a evoluir, enquanto os EUA se preparam para qualquer cenário, mesmo com a possibilidade de diálogo com líderes da América Latina.

Fonte: www.metropoles.com

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