O feriado de 7 de Setembro, Dia da Independência, foi palco de manifestações políticas em diversas cidades do Brasil. Atos de direita e de esquerda ocorreram, com destaque para as mobilizações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em São Paulo, uma manifestação pró-Bolsonaro na Avenida Paulista superou em público o evento organizado por grupos de esquerda na Praça da República. Estimativas apontam para a presença de 42,2 mil pessoas no ato bolsonarista, enquanto o evento de esquerda reuniu cerca de 8,8 mil manifestantes.
No Rio de Janeiro, a orla de Copacabana foi tomada por aproximadamente 42,7 mil apoiadores do ex-presidente. As principais pautas dos atos de direita foram a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro e críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
Os atos acontecem em um momento crítico, antecedendo um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode resultar na condenação de Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. A mobilização busca pressionar por uma anistia, que livraria o ex-presidente de uma possível condenação.
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou a delação do coronel Mauro Cid e se referiu a Alexandre de Moraes como “tirano”. Segundo ele, não há provas contra Bolsonaro no julgamento.
O pastor Silas Malafaia, organizador da manifestação bolsonarista em São Paulo, também teceu duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “ditador de toga”. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro discursou emocionada, afirmando que Bolsonaro está “amordaçado dentro de casa”.
O STF inicia uma semana decisiva, retomando o julgamento de oito réus acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. A primeira sessão está marcada para esta terça-feira, com o voto do ministro Alexandre de Moraes. O julgamento tem previsão de término para o dia 12 de setembro. Após a votação, será definida a pena para cada réu, considerando os votos de todos os ministros.