Mudança nas importações busca proteger a produção nacional e é criticada por falta de estudos previamente
Congresso do México aprova aumento de tarifas de importação, afetando Brasil e outros países a partir de 2026.
Aumento das tarifas no México e suas implicações econômicas
O aumento das tarifas de importação, aprovado pelo Congresso do México em 10 de dezembro de 2025, tem como alvo o Brasil e outros países sem acordos comerciais com o governo mexicano. A medida, que passará a valer em 1º de janeiro de 2026, estabelece alíquotas mínimas de 35% para cerca de 1.463 itens, o que inclui setores vitais como automotivo, têxtil, vestuário, eletrodomésticos, plásticos e calçados.
Motivações por trás da aprovação das tarifas
O partido da presidente Claudia Sheinbaum, que controla tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado, defende essa decisão como uma forma de fortalecer a produção interna e reduzir a dependência de importações. Com 76 votos a favor, cinco contra e 35 abstenções, a medida foi aprovada rapidamente. No entanto, aqueles que se abstiveram expressaram preocupações sobre a falta de tempo para discutir a proposta e a ausência de estudos sobre seu impacto potencial na inflação.
Países afetados pela nova política tarifária
Além do Brasil, outros oito países serão afetados por essa alteração: China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Rússia, Tailândia, Turquia e Taiwan. A abrangência das tarifas reflete um movimento estratégico do México em meio às crescentes tensões comerciais globais, especialmente entre os Estados Unidos e a China, que têm se intensificado nas últimas semanas.
Críticas e preocupações
Críticos da proposta apontam que a decisão de aumentar as tarifas pode ter sido influenciada pela pressão do governo dos Estados Unidos, e que o México poderia estar se tornando um ponto de entrada para produtos chineses no mercado americano. O governo chinês já se manifestou contra o que considera coerção e está avaliando suas respostas a essas novas tarifas.
O impacto do aumento das tarifas na indústria mexicana
Os legisladores que endossaram a medida argumentam que a mudança é crucial para o fortalecimento da indústria mexicana e para a criação de empregos. A postura da presidente Sheinbaum é parte do chamado ‘Plano México’, que visa reduzir a dependência de importações, além de incentivar a produção nacional. A estratégia inclui a renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (USMCA) com os EUA, o que pode trazer novas exigências e desafios para o México.
Desdobramentos futuros
O aumento das tarifas é um ponto de inflexão que pode repercutir em várias áreas da economia mexicana, incluindo a inflação e a competitividade. O governo brasileiro, por sua vez, pode precisar avaliar como essa mudança afetará suas relações comerciais e a dinâmica de mercado entre os dois países, especialmente em setores nos quais o Brasil é competitivo. O futuro comércio entre o México e o Brasil, assim como com outros países afetados, pode ter que se reconfigurar em face dessa nova realidade tarifária.
O cenário global continua a evoluir, e as respostas internacionais a essa decisão ainda estão por vir, indicando um período de incerteza e potencial reavaliação nas relações comerciais regionais.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: m colorida da bandeira do México – Metrópoles



