A reunião dos 20 maiores líderes econômicos do mundo em risco com a falta de presença de figuras centrais
Trump e outros líderes não participarão do G20, levantando dúvidas sobre a credibilidade do evento.
G20: Trump e outros líderes ausentes em Joanesburgo
O G20, um dos mais importantes fóruns de líderes mundiais, ocorrerá em Joanesburgo, na África do Sul, nos dias 22 e 23 de novembro. Contudo, a ausência do presidente Donald Trump e outros líderes, como o presidente da China, Xi Jinping, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, levanta preocupações sobre a eficácia e credibilidade do evento.
O G20, que inclui as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, visa promover a estabilidade financeira global e discutir questões de desenvolvimento. Com a participação reduzida, a cúpula poderá enfrentar dificuldades para abordar temas cruciais como a mudança climática e a recuperação econômica pós-pandemia.
A justificativa das ausências
Trump decidiu não comparecer ao evento, alegando preocupações de segurança e fazendo declarações polêmicas sobre a situação na África do Sul. Ele mencionou, sem evidências, um suposto genocídio contra brancos sul-africanos, o que foi prontamente negado pelo governo sul-africano. A falta de representantes dos Estados Unidos, que tradicionalmente desempenham um papel central nas discussões globais, pode enfraquecer a influência do país nas negociações.
Além de Trump, Xi Jinping enviará o primeiro-ministro Li Qiang em seu lugar, enquanto Putin será representado por Maxim Oreshkin, um alto funcionário do governo russo. A decisão de Putin de não comparecer é especialmente significativa, pois ele enfrenta um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por acusações de crimes de guerra.
O impacto das ausências no G20
As ausências dos líderes mais poderosos do mundo podem afetar as deliberações sobre assuntos como alívio da dívida e financiamento climático, temas que a África do Sul, como anfitriã, deseja discutir. A presença de líderes de países como Argentina e México também foi comprometida, o que pode resultar em uma cúpula menos eficaz.
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, expressou sua insatisfação com a ausência dos líderes, enfatizando que a geografia ou a renda de um país não devem determinar sua voz nas discussões globais. Em resposta, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, criticou Ramaphosa, afirmando que a linguagem utilizada por ele não é apreciada.
O que esperar da cúpula
Com a cúpula se aproximando, muitos analistas indicam que a falta de um forte compromisso dos líderes pode resultar em um evento sem grandes avanços. Christopher Vandome, pesquisador sênior da Chatham House, apontou que a cúpula não será um momento de solidariedade, e a capacidade de tomar decisões significativas ficará comprometida. A ausência de líderes-chave poderá dificultar a busca de soluções eficazes para os desafios globais.
A cada cúpula, o G20 busca abordar questões que afetam bilhões de pessoas em todo o mundo. Com as ausências notáveis deste ano, o evento pode não atingir suas metas de promover uma colaboração efetiva entre as nações. A expectativa agora é por um resultado que reflita a falta de presença e comprometimento dos principais líderes mundiais.
Fonte: www.newsweek.com
Fonte: Getty Images