Nova pesquisa revela insatisfação crescente dos eleitores com a gestão econômica de Trump em comparação a Biden.
Pesquisa da Fox News revela que Trump é visto de forma mais negativa em relação à economia do que Biden.
Avaliação de Donald Trump sobre a economia cai abaixo da de Joe Biden
Uma nova pesquisa da Fox News, realizada entre 14 e 17 de novembro com 1.005 eleitores registrados, revela que a percepção dos eleitores sobre a gestão econômica de Donald Trump se deteriorou significativamente. Atualmente, 76% dos entrevistados avaliam a economia de forma negativa sob a liderança de Trump, um aumento em relação aos 67% registrados em julho. Em contraste, durante o final do mandato de Joe Biden, 70% dos eleitores também viam a economia de forma desfavorável.
Insatisfação crescente com a economia
As descobertas da pesquisa indicam uma erosão em um dos principais argumentos políticos de Trump: a ideia de que ele é mais confiável do que os democratas para gerir a economia. Com a insatisfação econômica aumentando desde seu retorno ao cargo em janeiro, a pesquisa sugere que Trump pode estar perdendo apoio em uma questão que historicamente sustentou sua base. A insatisfação com a situação econômica é especialmente pronunciada entre eleitores com menos de 45 anos, aqueles sem diploma universitário e entre as comunidades hispânica e negra.
Os entrevistados relataram dificuldades financeiras generalizadas, com a maioria indicando que os preços de bens essenciais, como alimentos e moradia, aumentaram em comparação ao ano anterior. Notavelmente, 85% dos entrevistados afirmaram que suas contas de supermercado subiram, com 60% indicando que aumentaram “muito”.
Responsabilidade atribuída a Trump
A pesquisa também revela que os eleitores estão cada vez mais responsabilizando Trump pela situação econômica atual. Por uma margem de quase 2 para 1, os entrevistados acreditam que Trump é mais responsável pela crise econômica do que Biden, com 62% atribuindo a culpa a Trump em comparação a 32% a Biden. A divisão partidária é marcante: 81% dos democratas culpam Trump, enquanto 42% dos republicanos também o responsabilizam, apesar de 53% ainda apontarem Biden como culpado.
Queda na avaliação do desempenho econômico de Trump
Entre os eleitores, a aprovação de Trump em relação à sua gestão econômica caiu para um novo mínimo. Durante seu primeiro mandato, em 2018, apenas 21% disseram que suas políticas haviam prejudicado suas finanças. Atualmente, os eleitores afirmam, por uma margem de 31 pontos, que sua agenda os deixou em uma situação pior.
As preocupações com a acessibilidade estão dominando o cenário político, com preços de carros novos ultrapassando uma média de $50.000, tornando a compra de um veículo básico uma situação de luxo para muitas famílias de renda média.
Aumento da dívida e novas propostas
Nos bastidores, o Federal Reserve de Nova York relatou que a dívida do país aumentou para $18,6 trilhões, o nível mais alto desde que a agência começou a rastreá-la há duas décadas. Hipotecas, empréstimos para automóveis, dívidas estudantis e saldos de cartões de crédito atingiram níveis recordes. Além disso, o Departamento de Agricultura dos EUA informou que os preços de alimentos para consumo em casa aumentaram cerca de 2,7% nos 12 meses até setembro.
Em resposta à crescente insatisfação, a administração de Trump começou a apresentar novas propostas políticas para aliviar as pressões financeiras das famílias, incluindo uma proposta para hipotecas de 50 anos. No entanto, essa ideia não conta com o apoio unânime dentro de seu próprio partido, com a representante republicana Marjorie Taylor Greene expressando suas preocupações sobre a viabilidade dessa solução, argumentando que ela beneficia os bancos em detrimento dos cidadãos.
Conclusão
O cenário atual sugere que, à medida que a insatisfação econômica cresce, a narrativa política de Trump pode estar em risco. A crescente pressão sobre os preços e a percepção negativa de sua liderança econômica podem impactar sua posição nas próximas eleições, com os eleitores cada vez mais insatisfeitos e buscando alternativas.
Fonte: www.newsweek.com
Fonte: /Evan Vucci