Medida foi tomada após Justiça declarar falência da operadora de telecomunicações Oi
B3 suspende negociações das ações da Oi após Justiça decretar falência da operadora.
Na tarde desta segunda-feira (10), a B3 anunciou a suspensão das negociações das ações da operadora de telecomunicações Oi (OIBR3; OIBR4). A decisão ocorreu após a Justiça do Rio de Janeiro decretar a falência da empresa, que enfrentava seu segundo processo de recuperação judicial.
A interrupção das negociações foi comunicada às 14h58 (horário de Brasília), com o intuito de preservar a transparência e o bom funcionamento do mercado. No último horário de negociação, as ações ordinárias da Oi (OIBR3) estavam em queda de 35,71%, cotadas a R$ 0,18, enquanto as ações preferenciais (OIBR4) apresentavam uma queda de 47,85%, a R$ 2,43.
Decisão da Justiça e falência
A falência da Oi foi decretada pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, sob a assinatura da juíza Simone Gastesi Chevrand. A magistrada destacou que não existem mais surpresas quanto ao estado da empresa em recuperação judicial, afirmando que a Oi é tecnicamente falida. A decisão se baseou na conclusão da Gestão Judicial de que a empresa não possui condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar seus compromissos financeiros.
Chevrand mencionou que, apesar dos esforços realizados, não há viabilidade financeira para que a empresa equacione seus ativos e passivos. A falência foi formalizada após descumprimento de partes do plano de recuperação em andamento.
Impacto nos serviços essenciais
Um aspecto crucial da falência é o impacto nos serviços essenciais prestados pela Oi. A juíza determinou que as atividades da empresa continuem provisoriamente até que outras operadoras assumam suas funções, como ocorreu no caso do tráfego aéreo, que foi transferido para a Claro. Essa transição visa minimizar os efeitos da falência sobre os consumidores e a continuidade dos serviços.
As negociações das ações da Oi foram suspensas em um momento crítico, refletindo a instabilidade da empresa no mercado e a realidade financeira desafiadora que enfrenta. O futuro das operações da Oi agora dependerá de como a transição para novas empresas será gerida e da resposta do mercado frente a essa mudança significativa.
A situação da Oi destaca a fragilidade de empresas em setores altamente competidos e como a recuperação judicial pode, em alguns casos, não ser suficiente para evitar a falência. O caso serve como um alerta para investidores e stakeholders sobre a importância de monitorar a saúde financeira de empresas em dificuldades.
Conclusão
A suspensão das negociações das ações da Oi na B3 representa uma nova fase na trajetória da companhia, agora oficialmente em falência. A continuidade dos serviços essenciais e a transição para novas operadoras será crucial para mitigar os impactos da falência nos consumidores e no mercado como um todo.
Fonte: www.moneytimes.com.br