Decisão do Copom mantém Selic em 15% e descarta corte imediato
Banco Central evita corte de juros imediato e mantém Selic em 15%.
Decisão do Copom mantém Selic em 15%
Nesta quarta-feira (10), o Banco Central do Brasil confirmou a decisão de manter a taxa Selic em 15% pela quarta reunião consecutiva. O Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que as condições econômicas pedem cautela, evitando apostas em um corte de juros imediato para janeiro de 2026. O comunicado destaca a incerteza gerada pela política econômica dos Estados Unidos, que continua a impactar as condições financeiras globais.
Cenário econômico exige cautela
Segundo o Banco Central, indicadores internos mostram uma trajetória moderada no crescimento da atividade econômica e um mercado de trabalho que permanece resiliente. Porém, as expectativas de inflação ultrapassam as metas estabelecidas, o que provoca preocupações. O Copom comentou que “o cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas”, o que implica que a política monetária precisa permanecer contracionista por um período prolongado.
Análise de economistas sobre a decisão
Economistas comentam sobre a estratégia do BC. Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, observou que a comunicação foi neutra, reafirmando a adequação de manter a Selic elevada para garantir a convergência da inflação à meta. Ele projeta que o início do afrouxamento monetário pode ocorrer apenas em abril de 2024, um prazo mais longo que o mercado esperava.
Marcelo Bolzan, da The Hill Capital, menciona que o comunicado foi mais duro do que o esperado, sugerindo que novos cortes de juros devem ser avaliados cuidadosamente nas próximas reuniões, especialmente em janeiro. Gustavo Cruz, da RB Investimentos, também reforçou que a decisão pode desagradar a alguns setores que consideram a taxa atual excessiva, destacando que o Copom busca reduzir a especulação e manter sua credibilidade.
Expectativas para o futuro
A próxima reunião do Copom será em janeiro, onde muitos analistas esperam uma nova manutenção da taxa Selic. Embora haja alguma expectativa de ajustes no discurso, a maioria acredita que os cortes de juros ficarão para março de 2024. O Comitê ainda precisa justificar a possibilidade de uma redução futura, dado o cenário inflacionário desafiador.
Com a Selic mantida em 15%, o Banco Central continua a sua estratégia de monitoramento cuidadoso da economia, esperando por dados que confirmem uma trajetória estável antes de considerar quaisquer cortes de juros. Em um ambiente de crescimento moderado e inflação elevada, a abordagem cautelosa parece ser a escolha mais prudente.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Juros selic Banco Central copom


